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Mourão sinaliza ser contra inclusão de Pantanal no Conselho da Amazônia

Para ele, entretanto, preservação do bioma deve ser competência do Ministério do Meio Ambiente 'porque é uma questão de preservação ambiental'

13 out 2020 - 14h25
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BRASÍLIA - O vice-presidente Hamilton Mourão indicou nesta terça-feira, 13, que é contra a inclusão do Pantanal no âmbito do Conselho Nacional de Amazônia. Por conta do aumento do número de incêndios registrados neste ano, parlamentares articulam para que o Pantanal também faça parte do guarda-chuva da iniciativa coordenada por Mourão. Para ele, entretanto, a preservação do bioma deve ser competência do Ministério do Meio Ambiente "porque é uma questão de preservação ambiental".

Mourão, contudo, destacou que cumprirá a decisão que for tomada quanto a inclusão ou não do bioma no Conselho. "A Amazônia é Amazônia, o Pantanal é o Pantanal, mas tudo depende das decisões que forem tomadas. A gente cumpre a decisão que for tomada", disse, na chegada à vice-presidência.

Na visão do vice-presidente, os dois biomas brasileiros são distintos. Segundo ele, o debate relacionado à Amazônia inclui ações de desenvolvimento para a região. "Eu acho que a questão do Pantanal é um questão que em termos de tamanho é mais simples do que a Amazônia. É mais uma questão ligada à preservação. A Amazônia tem outras questões, principalmente de desenvolvimento. São duas áreas bem distintas", afirmou.

Comissão

Hoje o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participa de audiência pública no âmbito da Comissão Temporária do Pantanal, que acompanha os incêndios na região. O ministro deve prestar esclarecimentos sobre as queimadas recordes registradas neste ano e que já superam em 82% o total de focos observados ao longo de todo o ano passado no bioma, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Durante a audiência, os senadores também devem intensificar as discussões sobre a inclusão do Pantanal, até 2025, nas atribuições do Conselho liderado por Mourão. A indicação foi aprovada oficialmente no colegiado na semana passada e também passará pela análise do Plenário do Senado.

O Estadão mostrou ainda que a comissão planeja apresentar o pedido de inclusão do bioma pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro nas próximas semanas.

O órgão foi criado pelo governo para lidar com ações contra queimadas e desmatamento na Amazônia Legal (região que abarca nove Estados com presença da floresta).

Estadão
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