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Mourão diz que vai analisar se decreta emergência ambiental por causa de óleo

Sugestão veio de senadores da comissão do Meio Ambiente; o general disse que vai analisar proposta com a área jurídica

22 out 2019 - 23h26
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BRASÍLIA - O presidente em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira, 22, que vai analisar se decreta estado de emergência ambiental por causa do avanço de óleo pelas praias do Nordeste. Ele recebeu senadores da comissão de Meio Ambiente, que fizeram essa sugestão ao governo.

Ele afirmou que irá analisar com a área jurídica a proposta."Uma vez que seja viável, vou conversar com o presidente Bolsonaro e, se for o caso, tomar a decisão", disse o general.

Nos últimos dias, o governo federal tem sido cobrado na Justiça e por mais ações para conter o espalhamento do poluente pelas praias e descobrir os responsáveis. Nesta terça, o comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, disse que o culpado ainda não foi identificado, mas está entre os navios que circularam em alto-mar, na faixa de 300 a 500 quilômetros da costa leste de Sergipe.

O governo federal diz não poder garantir que o óleo tenha sido contido. Nessa terça, um grupo de pescadores e ambientalistas ocuparam a sede do Ibama, em Salvador. Eles acusam o governo de inércia no combate ao óleo que contamina o Nordeste brasileiro desde o dia 30 de agosto.

Há ainda o risco de o petróleo se espalhar por outras regiões do País. Os governos estaduais do Espírito Santo e Pará intensificaram o monitoramento de suas praias na tentativa de rastrear uma eventual chegada do poluente a outras regiões. O governo paraense chegou a encontrar vestígios de óleo em uma praia no nordeste do Estado, mas descarta ser o mesmo que já atingiu pelo menos 200 pontos da costa brasileira desde o início de setembro.

No Pará, o óleo foi achado na Praia de Beja, na cidade de Abaetetuba. O governo concluiu ser um material diferente do que foi visto no Nordeste após sobrevoo de helicóptero por cerca de 360 quilômetros nesta segunda-feira, 21, em que não foi vista nenhuma mancha em alto-mar.

Estadão
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