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Ministro do Ambiente pede mais verba de países ricos em reunião com John Kerry, dos EUA

Leite também falou com enviado especial para o Clima do governo americano sobre mercado de carbono; nações desenvolvidas assumiram compromisso de US$ 100 bilhões ao ano, mas não cumpriram promessa

10 nov 2021 - 14h46
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BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta quarta-feira, 10, ao enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que é preciso aumentar os recursos voltados para o financiamento climático, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Os dois tiveram um encontro bilateral em Glasgow, onde ocorre a Cúpula do Clima (COP-26).

Mais cedo, Leite disse que o pacto de os países ricos oferecerem US$ 100 bilhões ao para ações contra as mudanças climáticas não foi cumprido e que são necessários montantes mais ambiciosos. Nos últimos dias, o ministro tem citado um relatório do Bank of America (BofA), que estima a necessidade de US$ 5 trilhões por ano, pelas próximas três décadas, para melhorar a situação climática global.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Kerry acenou positivamente, mas não foram divulgados mais detalhes. Os dois também conversaram sobre o acordo que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil assinaram no início do evento de reduzir em 30% a emissão de metano na atmosfera até 2030. O pacto global, porém, prevê um esforço coletivo, mas não uma meta específica para cada país.

Na pauta, também conversaram sobre o combate ao desmatamento na Amazônia e sobre o pagamento por serviços ambientais a comunidades locais para que possam sobreviver sem destruir a mata nativa. Por fim, falaram sobre o mercado de carbono, a maior expectativa para a COP26, que precisa criar as regras para um mercado global mandatório. Os dois países são contrários, por exemplo, à taxação para quem emitir CO2 além das metas.

Estadão
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