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Chuva leva AM a preparar plano contra grande cheia em 2017

14 fev 2017 - 08h00
(atualizado às 08h05)
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Imagem de arquivo da maior cheia da História do Amazonas em 2012, que deixou 52 municípios em estado de emergência incluindo a capital Manaus, cerca de 80 mil famílias ficaram desabrigadas. Foto produzida em 13/03/2012.
Imagem de arquivo da maior cheia da História do Amazonas em 2012, que deixou 52 municípios em estado de emergência incluindo a capital Manaus, cerca de 80 mil famílias ficaram desabrigadas. Foto produzida em 13/03/2012.
Foto: Edmar Barros/Futura Press

Com dois municípios em situação de emergência e cinco em alerta, o Amazonas está elaborando um plano de ação para o caso de ocorrer uma grande cheia no Estado. O trabalho envolve principalmente a Defesa Civil Estadual e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que fazem o monitoramento da região. O governador do Amazonas, José Melo, também participa das discussões e ressalta que, apesar de não haver ainda uma previsão da magnitude da subida das águas, é importante adotar ações preventivas.

"Na verdade, o que estamos fazendo aqui é nos precavendo. Se permanecerem constantes as chuvas que estão acontecendo, nós teremos mais uma grande enchente no Amazonas. Diferentemente das outras, esta vai ser uma enchente que atingirá praticamente toda a Bacia Amazônica, uma vez que o [Rio] Purus já está bastante cheio e o Alto Solimões e Juruá também estão acima da média. Apenas o Madeira ainda está com uma enchente regular. O resto todo está com uma enchente fora do comum", declarou o governador.

As chuvas fortes e acima da média para o período no Amazonas e o aumento do volume de alguns rios já são um indicativo de uma grande cheia, segundo Melo. "Se permanecerem esses níveis, teremos, não só uma grande enchente, mas uma enchente prolongada, o que causa um estrago na natureza muito grande e na questão da saúde também. Por isso, nós estamos aqui com a Defesa Civil e o CPRM, que têm expertise, analisando tudo e já vamos, agora, traçar um plano preventivo para que, se acontecer, nós estaremos preparados para ajudar os ribeirinhos."

Apesar dos indicativos de cheia, a confirmação dessa previsão para o Estado só deve sair no próximo mês, quando o CPRM vai divulgar o primeiro boletim de alerta. "O indicativo, tanto no Rio Amazonas, no Peru, quanto também na calha central, é que deve ser uma cheia acima da média ou talvez uma cheia grande, mas a magnitude dela saberemos somente no dia 31 de março", informou o superintendente do órgão, Marcos Oliveira.

Os municípios de Guajará e Ipixuna, na calha do Juruá, já declararam situação de emergência. Mais de 2,5 mil famílias foram afetadas pela subida das águas nessas cidades. Guajará já recebeu ajuda humanitária e agora será a vez de Ipixuna.

"Os governos do Estado e federal estão indo ao encontro do município de Ipixuna que já decretou situação de emergência e vamos fazer um plano de trabalho detalhado para os outros municípios que ainda estão em situação de alerta e, provavelmente, se continuar com as precipitações e o aumento de volume da calha de rio, entrarão também em situação de emergência" , informou o secretário executivo de Defesa Civil do Estado, coronel Fernando Pires.

Estão em situação de alerta, com possibilidade de evolução para emergência, os municípios de Juruá, Carauari, Envira, Eirunepé e Itamarati.

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