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Inpe sugere que óleo pode chegar até litoral do ES e do RJ

Correntes marítimas descem até a altura de Cabo Frio, no norte do Rio, mas depois param em uma espécie de barreira natural; cientista aponta que maior preocupação, porém, é que chegue a Abrolhos

1 nov 2019 - 21h37
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SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que há uma semana começou a ajudar nos trabalhos do comitê de crise sobre o derramamento de óleo no litoral do Nordeste, avalia que existe a possibilidade de manchas chegaram ao Sudeste, especificamente até o litoral do Espírito Santo e o norte do Rio de Janeiro.

O oceanógrafo Ronald Buss de Souza, que está interinamente como vice-diretor do Inpe, explicou nesta sexta-feira, 1º, que as correntes marítimas que já levaram as manchas até o sul da Bahia descem na direção dos dois Estados. Mas abaixo de Cabo Frio, um "embaiamento", uma proteção natural, impediria a passagem da mancha para o resto do Estado do Rio e chegasse a São Paulo, por exemplo.

Ele afirmou, porém, que está mais preocupado no momento que as manchas atinjam o Parque Nacional de Abrolhos, onde fica a principal barreira de corais do litoral brasileiro e há uma biodiversidade riquíssima.

Souza explicou que a hipótese do Inpe é de que ainda há muito óleo no oceano aberto, parte dele talvez aprisionado em vórtices de água, uma espécie de bolha, e que as manchas podem continuar chegando ao litoral ainda por bastante tempo.

A análise foi apresentada à Marinha nesta sexta. O Inpe, que foi convidado a atuar nos trabalhos somente no dia 25, investiga também o deslocamento dessas bolhas que possivelmente podem conter óleo para indicar para onde elas podem estar se movendo e orientar tentativas de contenção.

Estadão
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