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Governo aberto surge como o grande facilitador

É preciso criar ações públicas transversais que dialogam com educação, aspectos sociais e de mobilidade

27 jun 2021 - 15h08
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O governo aberto, defende o executivo do ICLEI Rodrigo Perpétuo, está na base de todo processo que pretende envolver a população na construção de uma cidade mais sustentável, um dos pilares do debate ESG. "O dado precisa ser divulgado para a sociedade para que ela se aproprie dessa informação e participe das decisões de governo e dos processos de formulação das políticas públicas. A função do poder público é fomentar o diálogo social, é educar também a população, prepará-la para que ela possa não apenas entender, mas também criticar a informação que está disponível."

De acordo com Perpétuo, todo esse processo é essencial, por exemplo, em desenhos de ações públicas na área climática. "No nosso caso, nós temos uma plataforma onde as cidades que se comprometeram com o tema depositam relatórios que englobam as análises de risco e as vulnerabilidades climáticas do território. Assim como os inventários de emissão de gases de efeito estufa dos municípios."

Com esses dados, afirma o executivo do ICLEI, é que políticas públicas transversais, que dialogam com a questão da educação, aspectos sociais e até de mobilidade da cidade, vão ser construídas. "Com tudo isso divulgado na plataforma existe transparência e a sociedade pode acompanhar a evolução das ações do poder público."

Outro grande desafio na área da sustentabilidade, segundo Perpétuo, é que as cidades assumam metas e compromissos, para que o debate plural ultrapasse o limite dos mandatos dos governos. Uma das formas de lidar com isso no microcosmo das grandes metrópoles, como São Paulo, é participar por exemplo dos processos de construção - e de revisão, como agora - dos Planos Diretores.

Estadão
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