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Cidades fazem rodízio de água em razão da seca histórica

As bacias dos Rios Grande, Paraná, Paranapanema e Paraguai - que banham São Paulo, Paraná, Minas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - estão sob os efeitos da estiagem severa

13 ago 2021 - 05h10
(atualizado às 07h28)
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Ao menos 53 municípios de cinco Estados estão racionando água em razão da seca histórica registrada nesta ano. O fenômeno afeta ainda a navegação e também contribui para o desequilíbrio do ecossistema nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. As bacias dos Rios Grande, Paraná, Paranapanema e Paraguai - que banham São Paulo, Paraná, Minas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - estão sob os efeitos da estiagem severa.

Funcionário da Sabesp na barragem de Jaguary, em Bragança Paulista, durante seca na região
31/01/2014
REUTERS/Nacho Doce
Funcionário da Sabesp na barragem de Jaguary, em Bragança Paulista, durante seca na região 31/01/2014 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

Veja abaixo a lista de cidades que estão sob regime de racionamento de água:

  • Mato Grosso - Tangará da Serra, Várzea Grande, São José dos Quatro Marcos, Nova Brasilândia e Planalto da Serra.
  • Mato Grosso do Sul - Coxim e Corumbá.
  • Minas Gerais - Bom Jesus de Cardosos, Bugre, Campanha, Coluna, São Gonçalo do Sapucaí e Santa Efigênia de Minas.
  • São Paulo - Itu, Bauru, Salto, São José do Rio Preto, Santa Fé do Sul, Catanduva, Santa Cruz das Palmeiras, Rio das Pedras e Araçoiaba da Serra.
  • Paraná - Curitiba, Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo do Tenente, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Lapa, Mandiritiba, Piên, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná (RM Curitiba), Santo Antônio do Sudoeste e Pranchinha (interior).

No Sudeste e Centro-Oeste, o último período chuvoso durou menos, o que agravou a seca, que deve continuar ao menos até o fim de outubro. "Depois que chove, o tempo de resposta das bacias para normalizar o nível dos rios tem defasagem de dois a três meses", diz Ibrahim Fantin da Cruz, especialista da Universidade Federal de Mato Grosso.

Após a seca longa, segundo ele, é preciso encharcar o solo e alimentar lençóis freáticos exauridos. "Quando pensamos em mudanças climáticas, sabemos da importância da Amazônia para o transporte de umidade ao Sudeste e ao Centro-Oeste. Mas também é preciso pensar em (preservar) vegetações nativas locais, próximas dos mananciais, importantes para infiltração da água e alimentação de rios", aponta.
Estadão
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