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Acampamento contra oleoduto perto de território indígena nos EUA é desalojado

23 fev 2017 - 17h06
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As autoridades policiais e militares desalojaram nesta quinta-feira um acampamento na Dakota do Norte que se opunha à construção de um oleoduto que passará perto de uma reserva indígena nos Estados Unidos, após meses de oposição.

Equipados com uniformes de combate e veículos blindados, dezenas de policiais e membros da Guarda Nacional avançaram em direção ao acampamento Sacred Stone para prender o último reduto de manifestantes que bloqueava a construção do oleoduto Dakota Access.

Na quarta-feira expirou o ultimato do estado de Dakota do Norte para despejar o acampamento, que tinha se transformado desde o ano passado num símbolo da luta indígena pela proteção de seus territórios e do meio ambiente.

Cerca de cem pessoas deixaram o improvisado acampamento, coberto hoje pela neve, e atearam fogo às tendas que ficaram de pé como símbolo de resistência e desafio às autoridades estaduais e federais, que querem retomar as obras do oleoduto.

Os mais de 1.800 quilômetros do oleoduto Dakota Access conectarão as jazidas petroleiras da Dakota do Norte a um centro logístico de armazenamento no estado de Illinois, passando muito perto da reserva indígena de Standing Rock.

As obras tinham parado nesse ponto porque o plano obrigava os encanamentos a atravessarem de maneira subterrânea o rio Missouri, o que fazia grupos indígenas e ambientalistas temerem a poluição dos aquíferos.

Em seu auge, o acampamento de Sacred Stone chegou a ter milhares de manifestantes, embora hoje só tenham restado dezenas deles, alguns dos quais defendiam resistir a todo custo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu em seu primeiro mês na Casa Branca que a aprovação da fase final do oleoduto fosse acelerada, já que seus defensores consideram mais seguro do que transportar o petróleo em trens ou em outros veículos.

EFE   
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