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Sonda Curiosity faz pouso histórico em Marte

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Por Steve Gorman e Irene Klotz

PASADENA, Estados Unidos, 6 Ago (Reuters) - O laboratório móvel Curiosity, da Nasa, pousou na madrugada de segunda-feira em Marte, e agora deve passar dois anos pesquisando sinais de que o planeta já teve condições de abrigar vida.

Os controladores da missão aplaudiram e gritaram com entusiasmo quando receberam sinais confirmando que o jipe-robô sobreviveu à perigosa descida no róseo céu marciano e que pousou são e salvo no fundo de uma vasta cratera.

Após uma viagem de oito meses e 566 milhões de quilômetros, a sonda tocou a tênue atmosfera marciana a quase 21 mil quilômetros por hora --17 vezes a velocidade do som--, antes de iniciar a descida controlada.

Momentos após o pouso, a Curiosity enviou suas três primeiras imagens do solo marciano. Numa delas, uma roda do veículo e a sombra do jipe apareciam à frente do terreno pedregoso.

A operação de pouso foi considerada a mais complexa na história dos voos espaciais não-tripulados. Por causa da demora nas comunicações por rádio entre a Terra e Marte, todo o processo precisou ser autoguiado, sem a interferência dos técnicos.

Para reduzir sua velocidade, a sonda contou com um paraquedas especial, com uma mochila a jato e com um inédito "guindaste aéreo" que auxiliou no pouso, ocorrido na cratera Gale, no hemisfério sul marciano, perto do equador desse planeta.

A Curiosity é o primeiro laboratório completo sobre rodas a ser enviado a outro mundo. Ela passará dois anos explorando a cratera Gale e uma vizinha montanha de 5.000 metros, que parece formada por sedimentos oriundos da cratera, formada por sua vez pelo impacto de um grande corpo celeste.

Marte é o planeta mais parecido com a Terra, e os cientistas querem descobrir se ele teve no passado condições para abrigar vida microbiana. A missão, de 2,5 bilhões de dólares, marca o primeiro esforço de astrobiologia da Nasa desde as sondas Viking, na década de 1970.

O pouso representa um marco importante para a agência espacial norte-americana, afetada nos últimos anos por cortes orçamentários e pela recente aposentadoria da sua frota de ônibus espaciais.

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