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Achado no Japão o anzol mais antigo do mundo, de 23 mil anos

20 set 2016 - 04h10
(atualizado às 17h14)
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Um anzol de aproximadamente 23 mil anos, considerado o mais antigo do mundo, foi descoberto em uma caverna na Ilha de Okinawa, no sudoeste do Japão, confirmou nesta terça-feira à Agência Efe, um porta-voz do museu encarregado da pesquisa.

O anzol de 1,4 centímetros de comprimento e com forma de uma meia lua é feito com conchas de caracol de mar, e representa um raro descobrimento sobre as técnicas de pesca do Paleolítico ou a Idade de Pedra, de acordo com a informação divulgada pelo Museu Prefectural e Museu de Arte de Okinawa.

A ferramenta foi descoberta em 2012 diante de uma escavação na Caverna de Sakitari, em Nanjo, na Província de Okinawa.

O gancho de 1,4 centímetros de comprimento é um achado raro em técnicas de pesca da Idade da Pedra.
O gancho de 1,4 centímetros de comprimento é um achado raro em técnicas de pesca da Idade da Pedra.
Foto: EFE

Os pesquisadores determinaram a idade do anzol mediante da datação por radiocarbono (um método de datação radiométrica que utiliza o isótopo carbono-14 para determinar a idade de materiais que contêm carbono para cerca de 50 mil anos) do carvão vegetal da camada onde se encontrava o instrumento.

"É um material valioso que ilustra um novo aspecto do período paleolítico, durante o qual nós pensamos que as pessoas caçavam principalmente em terra", explicaram as fontes do museu à agência "Kyodo".

Até agora, o anzol mais antigo do mundo tinha sido descoberto por um grupo de arqueólogos australianos no Timor-Leste, no entanto, sua idade é de entre 16 mil e 23 mil anos.

Pesquisadores japoneses também encontraram um anzol inacabado, com entre 13 mil e 23 mil anos, assim como fragmentos de cascalho que acham ter sido utilizado para afiar o objeto.

Arqueólogos acham anzol de 23 mil anos em caverna na ilha de Okinawa, no sudoeste do arquipélago japonês
Arqueólogos acham anzol de 23 mil anos em caverna na ilha de Okinawa, no sudoeste do arquipélago japonês
Foto: EFE

Além disso, foram escavados os ossos de uma criança que se estima ter vivido há cerca de 30 mil anos.

A descoberta da equipe liderada por Masaki Fujita, quem também é curador no Museu de Okinawa, foi divulgado em artigo publicado na revista americana "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), no dia 16 deste mês.

EFE   
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