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Intensa chuva de meteoros poderá ser vista sábado na América do Norte

21 mai 2014 - 16h44
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Uma chuva de meteoros com intensidade excepcional, só visível de Estados e Canadá, pode ocorrer na madrugada de sexta para sábado.

Este show de estrelas cadentes pode acontecer quando a Terra cruzar, pela primeira vez, na noite de 23 a 24 de maio, um enxame de dejetos procedente do cometa 209P/LINEAR, descoberto em fevereiro de 2004 e que leva cinco anos para completar uma órbita ao redor do sol.

"Por enquanto ninguém sabe exatamente o que vai acontecer porque será a primeira vez que a Terra atravessará esta nuvem de material procedente deste cometa", explicou à AFP Bill Cooke, diretor do escritório da Nasa encarregado de estudar os meteoros.

"Na verdade é a gravidade de Júpiter que atraiu esta massa de dejetos na órbita da Terra e, portanto, será a primeira vez que a humanidade poderá ver fragmentos deste cometa se queimarem na atmosfera", acrescentou.

Mas, o astrônomo esclarece, "não sabemos se será um grande espetáculo porque atualmente não se desprendem muitos dejetos do cometa e não temos como saber o que produzia há duzentos ou trezentos anos".

"Se o cometa deixa muitos fragmentos, teremos um lindo espetáculo, com 200 meteoros por hora. Se, ao contrário, houver pouco material, não acontecerá praticamente nada", disse o cientista, detalhando que o melhor momento de observação será no sábado, 24 de maio, entre as 06h00 e as 08H00 GMT (03h00 e 05h00 de Brasília), ou seja, entre as 02h00 e as 04h00 na costa leste americana.

Na melhor das hipóteses, esta chuva de estrelas cadentes pode ser tão espetacular quanto a que ocorre a cada ano no começo de agosto, durante a passagem das Perseidas, na qual é possível ver mais de uma centena de meteoros por hora. As Perseidas são causadas pela passagem do cometa Swift-Tuttle perto do sol.

O enxame de meteoros na madrugada de sexta para sábado acompanhará o sentido de rotação da Terra, fazendo com que sua velocidade de entrada na atmosfera seja menor do que a maioria das chuvas anuais de estrelas cadentes, esclarecem os astrônomos.

Esta chuva de estrelas cadentes tem o nome de "Camelopardalidas", do nome em latim da constelação da girafa, "Camelopardalis", situada perto do polo celeste norte, entre Cassiopeia e Ursa Maior.

O cometa 209P/LINEAR é pouco brilhante e pequeno, com diâmetro próximo dos 600 metros, enquanto muitos destes corpos celestes medem dezenas de quilômetros de diâmetro.

Em 29 de maio, o cometa estará no ponto mais próximo da Terra, a 8,3 milhões de quilômetros.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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