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Obama crê que empresas avançarão em energias limpas independente de Trump

9 mai 2017 - 12h03
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O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama disse nesta terça-feira em Milão que acredita que o setor privado continuará avançando nas energias limpas independentemente do que o atual governante do país, Donald Trump, resolver na questão relativa à mudança climática.

Obama participou na cidade italiana de um fórum de inovação alimentar no qual apontou que seu país "continuará na boa direção" apesar das diferenças "de critério entre seu governo e o atual".

Em sua primeira intervenção pública no exterior após o fim de seu mandato em janeiro, o político democrata apontou que "os engenheiros e os empresários já estão tomando decisões" a favor das energias limpas e da eficiência energética.

"Não deve ter uma empresa que queira despediçar energia porque custa dinheiro", afirmou o ex-governante, que pediu que sejam aproveitadas as oportunidades surgidas também no setor alimentar e reduzir assim as emissões de gases do efeito estufa.

Obama também subestimou o efeito das mudanças que poderão ser aprovadas pela Casa Branca, usando como exemplo o estado da Califórnia, que mantém altos padrões de eficiência dos combustíveis nos veículos e continua sendo um importante mercado de carros no país, condicionando sua produção.

Precisamente hoje o Governo americano adiou uma importante reunião prevista para esta terça-feira destinada a determinar se deve ou não se retirar do Acordo de Paris sobre mudança climática assinado em 2015.

Perante um auditório no qual estavam presentes personalidades italianas, entre elas o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, Obama sustentou que a mudança climática foi uma de suas prioridades, consciente de que de algum modo todos os países sofrerão seu impacto.

Obama explicou que com o pacto climático criou a arquitetura para que cada país possa reduzir progressivamente suas emissões e, nesse sentido, "é importante que EUA, China e Europa como grandes contribuintes (ao aquecimento global) tracem o caminho", apontou.

EFE   
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