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Ministro faz visita oficial a obra da estação brasileira na Antártida

Em videoconferência, Bolsonaro disse que presença de Onyx Lorenzoni na região é motivo de orgulho

12 mar 2019 - 02h01
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O presidente Jair Bolsonaro participou nesta segunda-feira, 11, de uma videoconferência com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que está na Antártida em visita oficial ao Programa Antártico Brasileiro, para marcar o início do funcionamento da nova estação brasileira na região.

Em fevereiro, o Estado acompanhou os últimos trabalhos de construção da Estação Antártica Comandante Ferraz, que começou em novembro de 2015, ainda sob impacto do incêndio que há sete anos destruiu 70% das instalações e matou dois militares. Relembre a expedição da editora Luciana Garbin e do repórter fotográfico Clayton de Souza pela região.

Na videoconferência desta segunda, Bolsonaro afirmou que a presença de Onyx na região é motivo de orgulho. "Esse povo nosso é bem acolhido em qualquer lugar do mundo. E nesse momento que vocês estão aí na Antártica é motivo de alegria, satisfação e orgulho para todos os brasileiros", disse. As informações são da Agência Brasil.

Também participaram da reunião o ministro Marcos Pontes, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; o ministro da Defesa, Fernando Azevedo; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez; o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, Comandante da Marinha; além de outros representantes da Marinha e dos ministérios da Ciência e Tecnologia e Defesa.

Durante a videoconferência, Jair Bolsonaro afirmou que pretende visitar a estação. "Pretendo ir aí. Nada como ir in loco para saber como o pessoal vive para que possamos até valorizá-los". A nova estação só deve ser inaugurada oficialmente no próximo verão.

Como é a Estação Antártica Comandante Ferraz

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Como o Estado mostrou em reportagem de fevereiro, Estação Antártica Comandante Ferraz é capaz de superar ventos de até 200 km/h, abalos sísmicos frequentes, solos sempre congelados. Só em estruturas de aço de alta resistência são 700 toneladas e as fundações atingem até 28 metros de profundidade. No total, 54 pilares sustentam 226 contêineres de 3,5 toneladas.

A base é composta por três blocos com capacidade para até 64 pessoas. O Leste, destinado às pesquisas, serviços e convívio, tem 14 laboratórios, refeitórios, cozinha e setor de saúde. O Oeste, 32 camarotes, biblioteca, ginásio e auditório, além de paiois de mantimento e tanques no nível inferior.

No Técnico, geradores, garagem, caldeiras, um incinerador apelidado de dragão e estação de tratamento de água e esgoto, entre outras coisas. Há ainda oito aerogeradores de energia, painéis solares e módulos isolados, de telecomunicações, meteorologia e ozônio, lavagem de sedimentos, mergulho e resíduos perigosos. Todas as fundações do prédio principal foram pré-montadas em Shangai e trazidas de navio em 2016. No ano seguinte, foram fabricados e pré-montados pilares, estruturas e contêineres.

Estadão
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