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Folhas em decomposição produzem gases do efeito estufa, apontam cientistas

5 jun 2017 - 15h11
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Um grupo de cientistas da Universidade de Michigan descobriu que as folhas em decomposição são uma "surpreendente" fonte de gases do efeito estufa.

Segundo o estudo realizado por estes cientistas e que foi publicado nesta segunda-feira na revista britânica "Nature Geoscience", as folhas nesse estado produzem óxido nitroso, um tipo de gás do efeito estufa mais potente que o dióxido de carbono.

Os autores sustentam que esta nova descoberta pode ajudar a "aperfeiçoar" as previsões de emissões de óxido nitroso (N2O), bem como servir de guia para futuras práticas agrícolas e manejo do solo.

"A maior parte do óxido nitroso é produzido dentro de volumes de terra do tamanho de uma colher e estes chamados 'pontos quentes' podem emitir uma grande quantidade de óxido nitroso rapidamente", sustentou a líder do estudo, a cientista Sasha Kravchenko.

Mas, tal e como apontou Kravchenko, a razão da aparição desses pontos "quentes" confundiu "microbiologistas do solo" desde que foram descobertos há "várias décadas".

A publicação atribui o atraso neste achado ao fato de que, normalmente, os cientistas analisam maiores escalas espaciais e é "difícil" estudar e etiquetar um campo inteiro como fonte de emissões de gases de efeito estufa quando "a fonte se limita a gramas do solo que abrigam folhas em decomposição".

O estudo assegura que "mudar a vista dos microscópios binoculares" ajudará a melhorar as previsões de emissões de N20 que, tradicionalmente, são 50% exatas.

Além disso, afirma que "o potencial sobre o aquecimento global do óxido nitroso é 300 vezes maior que o do dióxido de carbono, e as emissões são em grande medida impulsionada pelas práticas agrícolas".

Um dos coautores do estudo, o diretor do programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração da National Science Foundation, John Schade, manifestou que o trabalho "é uma revelação sobre o que impulsiona as emissões do óxido nitroso nas terras agrícolas produtivas".

"Necessitamos de estudos como este para guiar a criação de práticas agrícolas sustentáveis necessárias para alimentar uma população humana em crescimento com um mínimo impacto ambiental", concluiu Schade.

EFE   
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