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EUA impõe exceção sobre o clima na declaração do G7 de Meio Ambiente

12 jun 2017 - 11h47
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O G7 do Meio Ambiente terminou nesta segunda-feira com uma declaração unânime na qual figura uma exceção dos Estados Unidos, que não apoia o Acordo de Paris de 2015, país que seguirá reduzindo as suas emissões "de forma coerente com suas prioridades internas".

A declaração foi assinada de forma unânime pelas sete potências industriais, e os pontos relativos aos Acordos de Paris Washington impôs sua exceção ao pé de página.

"Os ministros de Meio Ambiente da Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido e os comissários europeus do ramo reafirmam o forte compromisso para a pronta e efetiva implementação do Acordo de Paris", segundo o comunicado.

Separadamente, os Estados Unidos asseguraram que continuarão com as ações para reduzir as suas emissões "junto aos parceiros internacionais em um modo coerente com suas prioridades internas, preservando uma economia forte e um meio ambiente saudável".

Por esta razão, os EUA, seguindo o recente anúncio do presidente Donald Trump sobre a retirada dos Acordos de Paris, apontou a sua "não adesão a estas seções do comunicado sobre o clima e os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDB, em inglês)".

Como já ocorreu na cúpula de líderes de Taormina em 27 de maio, o G7 do Meio Ambiente, realizado em Bolonha (centro da Itália), evidenciou as divisões deste grupo de países sobre este tema.

De fato, o encontro nem sequer contou com a presença do diretor da Agência para a Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos, Scott Pruitt, que só participou no domingo na sessão de abertura e posteriormente retornou ao seu país.

Os outros seis países do G7, além de reafirmar a decisão de continuar com o Acordo de Paris sobre mudança climática, agradeceram pelo "continuado apoio" que o documento "recebeu de outros países e outros atores de todo o mundo".

Em outro ponto da declaração conjunta, o G7, sem Washington, considera que os MDB "têm um rol importante no impulso de investimentos sustentados para aplicar a Agenda 2030 (das As Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável) e os Acordos de Paris".

Apontou que, ao mesmo tempo, "devem dar maiores passos para alinhar seu apoio financeiro com a rota que conduz à aplicação do Acordo de Paris e se abster de investir" em carvão.

EFE   
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