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EUA garantem que continuarão a reduzir emissões mesmo fora do Acordo de Paris

2 jun 2017 - 13h50
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O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, declarou nesta sexta-feira que o país continuará a reduzir as emissões de gases de efeito estufa apesar de sair do Acordo de Paris, em uma tentativa de amenizar as críticas sobre a decisão tomada pelo presidente Donald Trump.

"Acredito que é importante que o mundo inteiro reconheça que os Estados Unidos têm um histórico fantástico no que se refere à redução das nossas emissões de gases de efeito estufa", disse Tillerson em declarações aos jornalistas antes de se reunir com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes.

"É algo do qual podemos estar orgulhosos e que foi feito sem que estivesse em vigor o Acordo de Paris. Não acredito que vamos mudar os nossos esforços para reduzir essas emissões no futuro, espero que as pessoas possam colocar as coisas em perspectiva", acrescentou o chefe da diplomacia americana.

Tillerson foi um dos principais defensores da permanência no Acordo de Paris durante o debate interno na Casa Branca sobre o que fazer com o pacto contra o aquecimento global, assinado no final de 2015 por quase 200 países.

Trump anunciou na quinta-feira que interromperá "todas as implementações" dos compromissos climáticos relacionados ao Acordo de Paris, que incluem a meta proposta pelo ex-presidente Barack Obama de reduzir até 2025 as emissões de gases de efeito estufa entre 26% e 28% com base nos níveis de 2005.

Muitos especialistas e observadores acreditam que, apesar da decisão de Trump, os Estados Unidos seguirão reduzindo as emissões graças às ações de estados e cidades governadas por democratas, como Califórnia e Nova York, e às forças do mercado, cada vez mais interessadas em investir em energias renováveis.

Trump já deu vários passos para desmantelar as medidas impulsionadas por Obama para combater a mudança climática, o que pode relaxar a pressão para que os Estados Unidos rebaixem suas emissões.

A medida mais significativa tomada até agora por Trump é a ordem de revisar e reescrever as diretrizes do Plano de Energia Limpa de Obama, lançado em 2015 com a meta de que os Estados Unidos reduzam em 32% as emissões de carbono das centrais elétricas até 2030, com base nos níveis de 2005.

EFE   
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