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Estudo: pele sintética substitui a de animais em testes

27 abr 2011 - 08h28
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Uma pesquisa norte-americana revelou que peles sintéticas podem ser tão eficientes nos testes para cremes quanto pele de ratos. Os cientistas avaliaram imagens em escala microscópicas de dois modelos de peles sintéticas e de pele de animais e descobriram grandes semelhanças. Além de ser uma alternativa aos testes com animais vivos, a tecnologia poderá ser utilizada por pessoas que sofreram queimaduras.

Atualmente, os pacientes que tiveram grande perda de pele tem como opções fazer um enxerto com sua própria pele, retirada de outras partes do corpo, ou utilizar a pele de outros animais. O problema da segunda opção, segundo os cientistas, é que além de cara e difícil de obter, ela envolve questões éticas e variações de cada organismo.

"A pele varia de um animal para outro, o que torna difícil prever como ela afetará a vítima de queimadura. Mas a pele sintética tem uma composição consistente, tornando-a um produto confiável", afirma Bharat Bhushan, da Ohio Eminent Scholar e professor de engenharia mecânica na Ohio State University.

O estudo de Bhushan, que será publicado na edição de junho do Journal of Applied Polymer Science, não é o primeiro a indicar o uso dessa tecnologia como alternativa aos testes feitos com animais. O Fraunhofer Institute, na Alemanha, já desenvolveu uma pele sintética com dupla camada que reproduz fielmente a textura, consistência e a composição da pele humana.

Com esse material é possível avaliar a qualidade de cremes de beleza, sabonetes, detergentes e outros produtos sem sacrificar nenhum animal. Novas pesquisas já buscam desenvolver versões de pele sintética vascularizadas para irrigação sanguínea para que possam ser usadas em cirurgias plásticas reconstrutoras.

Fonte: EcoDesenvolvimento
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