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Estudo italiano esfria entusiasmo sobre uso de plasma anti-Covid

Resultados foram confirmados por duas agências do governo

8 abr 2021 - 11h59
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O plasma de convalescentes da Covid-19 não apresentou benefícios na melhora de pacientes que já tenham desenvolvido quadros de pneumonia leve ou moderada, mostrou um estudo divulgado nesta quinta-feira (8) pela Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) e pelo Instituto Superior de Saúde (ISS).

    Segundo a conclusão do relatório do estudo chamado de Tsunami, "não há evidências do benefício do plasma em termos de redução de risco de agravamento respiratório ou mortes nos primeiros 30 dias".

    Os dados referem-se à pesquisa de 27 centros clínicos em toda a Itália e que envolveram 487 pacientes, dos quais metade receberou o plasma e o tratamento padrão e a outra metade recebeu só o último.

    A terapia com plasma dos recuperados da Covid-19 foi uma das primeiras a serem estudadas não apenas na Itália, mas em muitos países ao redor do globo, inclusive, no Brasil.

    "A análise dos diferentes subgrupos confirmou a ausência de diferenças significativas entre os dois tratamentos. Só no caso de pacientes com um comprometimento respiratório menos grave é que surgiu um sinal favorável ao plasma, mas isso não atingiu uma significância estatística", informa a nota emitida pelos dois órgãos italianos.

    Ainda conforme o documento, o tratamento foi "bem tolerado" pelo organismo dos pacientes, apesar dos eventos adversos terem sido mais detectados em quem recebeu o plasma.

    "Os resultados do estudo Tsunami estão em linha com aqueles da literatura internacional, prevalentemente negativo, feita a exceção para casos de pacientes tratados muito precocemente com um plasma de alto valor", acrescentam. .

Ansa - Brasil   
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