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Aspirina pode ajudar no tratamento do Alzheimer, diz estudo

Tratamento com baixas doses do remédio pode ser um novo caminho para proteger a memória dos pacientes que sofrem desse mal

3 jul 2018 - 03h03
(atualizado às 11h26)
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Um tratamento com baixas doses de aspirina pode ser um novo caminho para enfrentar a doença de Alzheimer, protegendo a memória dos pacientes, de acordo com novo estudo feito por cientistas americanos.

Segundo os autores, um dos principais mecanismos responsáveis pela progressão da doença é uma perda de capacidade do organismo para remover as placas formadas no cérebro - especialmente no hipocampo - pela proteína tóxica beta amiloide. A partir da avaliação de um grande conjunto de estudos que demonstravam a ligação entre a aspirina e o risco reduzido de prevalência de Alzheimer, os cientistas mostraram que o medicamento reduziu as placas de beta amiloide em camundongos, ao estimular a ação dos lisossomos - um componente das células de animais que ajuda limpar os detritos celulares.

Em camundongos, a Aspirina reduziu as placas de beta amiloide - proteína tóxica que afeta a memória - em camundongos, ao estimular a ação dos lisossomos
Em camundongos, a Aspirina reduziu as placas de beta amiloide - proteína tóxica que afeta a memória - em camundongos, ao estimular a ação dos lisossomos
Foto: YakobchukOlena / iStock

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade Rush, em Chicago (EUA), foi publicada nesta segunda-feira, 2, na revista científica The Journal of Neuroscience. "Nosso estudo identificou um possível novo papel para um dos medicamentos mais amplamente utilizados no mundo", disse o autor principal do estudo, Kalipada Pahan.

Até agora, a FDA - a agência reguladora americana para alimentos e medicamentos - tem poucas drogas aprovadas para o tratamento da doença de Alzheimer - que afeta a memória e é considerada o tipo de demência mais comum no mundo - e os fármacos disponíveis fornecem só alívio limitado dos sintomas.

No novo estudo, durante um mês, os pesquisadores deram baixas doses de aspirina, por via oral, a camundongos que haviam sido geneticamente modificados para desenvolverem a doença de Alzheimer. Depois, a equipe avaliou a quantidade de placas de proteína beta amiloide nas partes do cérebro mais afetadas pela doença. "A aspirina estimulou os lisossomos e reduziu o acúmulo de placas nos cérebros dos animais."

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Estadão
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