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Nasa congela cooperação com a Rússia, salvo na ISS, por crise na Crimeia

2 abr 2014 - 23h59
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A Agência Espacial Americana (Nasa, sigla em inglês) congelou todos os seus programas de cooperação com a Rússia, exceto na Estação Espacial Internacional (ISS), pela "violação da soberania e da integridade territorial" da Ucrânia, a intervenção russa na península da Crimeia, informou nesta quarta-feira a agência americana em comunicado.

Essa suspensão afeta todas as viagens dos funcionários da Nasa para a Rússia, as visitas das equipes da agência espacial russa às instalações americanas, os encontros bilaterais, e-mails, tele e videoconferências, detalhou a agência.

A notícia da Nasa chega uma semana depois que astronautas russos e americanos partiram juntos em uma nave Soyuz da base de Baikonur, no Cazaquistão, rumo à ISS, no que foi considerado uma demonstração de parceria que superava as tensões políticas entre os governos de seus países.

O cancelamento da cooperação com a Rússia foi noticiado em um primeiro momento a partir de um e-mail interno da Nasa, divulgado nesta quarta-feira pela imprensa americana, cuja autenticidade foi confirmada depois pela agência espacial em comunicado.

"Com a violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia que está em curso por parte da Rússia, a Nasa suspende a maioria de seus compromissos vigentes com a Federação Russa", afirmou a Agência Espacial Americana em sua nota.

Além disso, a Nasa explicou que o fim de sua "dependência" da Rússia em matéria espacial foi "uma prioridade máxima da Administração Obama durante os últimos cinco anos".

Com esse objetivo, a agência desenvolveu um plano para que as missões espaciais com a participação de astronautas americanos voltem a ser lançadas a partir do território nacional.

"Com os níveis reduzidos de recursos aprovados pelo Congresso, esperamos decolar do solo dos EUA em 2017", diz o comunicado, algo que poderia ocorrer já em 2015, segundo a Nasa, se seus planos tivessem "pleno financiamento".

"A escolha aqui é entre financiar o plano para trazer de volta as decolagens espaciais para os Estados Unidos ou continuar enviando milhões de dólares para os russos. É simples assim. A Administração Obama prefere investir nos Estados Unidos e esperamos que o Congresso faça o mesmo", concluiu a agência espacial.

EFE   
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