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Democratas e ecologistas consideram "ignorante" saída do Acordo de Paris

1 jun 2017 - 20h26
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Os líderes democratas e os principais grupos de defesa do meio ambiente classificaram como "ignorante" e uma "desgraça" a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris anunciada nesta quinta-feira pelo presidente Donald Trump.

"A decisão do presidente Trump de retirar os EUA do acordo do Clima de Paris representa uma abdicação da liderança do país e uma desgraça internacional", disse o senador Bernie Sanders, que concorreu à candidatura presidencial democrata em 2016.

Na opinião do líder da minoria democrata no Senado, Charles Schumer, esta saída do acordo "é um fracasso de proporções históricas".

"As gerações futuras reconhecerão esta decisão como uma das piores medidas políticas do século XXI devido ao seu enorme dano à nossa economia, ao nosso meio ambiente e à nossa posição geopolítica", considerou Schumer.

Em uma linha similar se expressou o ex-vice-presidente americano e ativista ambiental Al Gore, que acentuou o anúncio de Trump como uma "decisão indefensável e temerária".

Criador do famoso documentário "Uma Verdade Inconveniente", sobre o aquecimento global, Al Gore ressaltou que a decisão de Trump prejudica a posição dos EUA no mundo e ameaça a capacidade da humanidade para solucionar a mudança climática a tempo.

Os grupos de proteção do meio ambiente foram ainda mais contundentes. De acordo com Michael Brune, diretor da organização de defesa ambiental Sierra Club, "as próximas gerações olharão para trás e considerarão a decisão de Donald Trump de abandonar o Acordo Climático de Paris como uma das mais perigosas e ignorantes já tomadas por um presidente dos Estados Unidos".

O presidente da World Wildlife Fund (WWF), Carter Roberts, considerou "confuso" o anúncio devido ao respaldo dado ao acordo pelas principais empresas energéticas globais. Segundo ele, a partir de agora, será "mais difícil alcançar um futuro mais seguro e próspero tanto para os EUA como para o mundo".

Em declaração na Casa Branca, Trump classificou o pacto de Paris como "um exemplo de acordo que é desvantajoso para os Estados Unidos" e o criticou por não ser suficientemente duro em relação a países como China ou Índia.

O Acordo de Paris havia sido assinado por mais de 190 países de todo o mundo. Os Estados Unidos se comprometiam a reduzir de 26% a 28% as emissões de gases de efeito estufa até 2025, com base nos níveis de 2005.

EFE   
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