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Patricia é o furacão "mais poderoso" da história, diz governo mexicano

23 out 2015 - 15h20
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Com ventos constantes de 325 km/h e máximos de 400 km/h, o furacão Patricia tornou-se o "mais poderoso que já surgiu no planeta em toda a história", disse nesta sexta-feira o diretor da Comissão Nacional de Água do México (Conagua), Roberto Ramírez.

"Não há um furacão em todo o planeta, em toda a história, que tenha chegado à velocidade de 325 km/h em seus ventos", disse Ramírez ao destacar que analistas já consideram este como o "mais poderoso" jamais registrado.

Este furacão é "extremamente violento" e "pode ser muito catastrófico", afirmou em entrevista coletiva para dar detalhes sobre a evolução do fenômeno meteorológico.

Ramírez explicou que nas últimas horas aconteceu uma mudança de rota, e atualmente ele se dirige em direção a Playa Perula, no sul do estado de Jalisco, por isso está em uma "região de muito maior influência do estado de Colima".

Por isso, a cidade de Manzanillo, que fica a 90 quilômetros de Playa Perula, é a área de maior risco, embora isso não signifique que "esta seja a região de impacto", ressaltou.

Segundo o boletim das 10h15 (hora local, 12h15 de Brasília) do Serviço Meteorológico Nacional (SMN), Patricia avança provocando ventos de 400 km/h em direção ao litoral dos estados do Pacífico mexicano de Michoacán, Colima e Jalisco, e já causa ventos fortes e ressacas.

Patricia mantém um deslocamento rumo ao norte a 17 km/h e desenvolve ventos constantes de 325 km/h e sequências de até 400km/h.

"É altamente provável que o olho de Patricia comece a passar sobre Playa Perula e Playa Chamela, no sul do estado de Jalisco, e a 95 quilômetros a oeste-noroeste de Manzanillo no final desta tarde", informou o SMN.

O órgão prevê nas próximas horas chuvas de intensas a torrenciais em Colima, Jalisco e Michoacán, intensas em Durango, Nayari, Zacatecas, Aguascalientes, Guerrero e Guanajuato, assim como chuvas fortes em Sinaloa.

A influência de Patricia chegará ao centro do país e favorecerá chuvas fortes em Estado do México, Distrito Federal, Morelos e Querétaro.

Espera-se que até no sábado o sistema gere chuvas "com acúmulos totais de 150 milímetros a 300 mm e máximos pontuais de 500 mm sobre os estados de Nayari, Jalisco, Colima e Michoacán".

A Defesa Civil já alertou que as chuvas das próximas horas equivalerão à mesma quantidade de precipitações que cai nestas regiões em todo o ano.

No litoral de Jalisco estão previstos ventos de 60 km/h e sequências de 90 km/h, os quais aumentarão a partir do meio-dia para mais de 200 km/h. No litoral de Colima e Nayari, são esperados ventos de 80 km/h com sequências de até 120 km/h.

No litoral de Michoacán se registrarão ventos de 60 km/h com sequências de 90 km/h, conforme a aproximação do furacão Patricia, assim como ondas de 6 a 8 metros no litoral deste estado, de Colima e do sul de Jalisco.

Isso "sem descartar (ondas) superiores por efeitos combinados com maré de tempestade", informou o serviço meteorológico.

No litoral ocidental de Jalisco estão previstas ondas de 4 a 6 metros, assim como de 3 a 4 metros no litoral de Nayari, de 3,5 a 4,5 metros no litoral ocidental de Guerrero e de 2,5 a 3,5 metros em sua costa leste.

Nas imediações de Patricia, as ondas podem chegar a 8 metros formando possivelmente trombas d'água marinhas, redemoinhos e tornados nas imediações, no momento de tocar terra.

A Defesa Civil mexicana mantém alerta vermelho (risco máximo) em todo o estado de Colima, no centro e na costa de Jalisco e no sul de Nayari, assim como alerta laranja (risco alto) no norte de Jalisco, no norte e no centro de Nayari, Zacatecas, sul de Durango e de Sinaloa e nas ilhas Marias e Marietas.

EFE   
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