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Arqueólogos acreditam ter encontrado túmulo de Aristóteles

26 mai 2016 - 13h45
(atualizado às 18h18)
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Arqueólogos gregos acreditam ter descoberto o túmulo de Aristóteles em escavações realizadas durante mais de duas décadas na antiga cidade de Estagira, local de nascimento do filósofo.

"Não temos provas, mas indícios muito fortes de que beiram a certeza", declarou o diretor das escavações, Konstandinos Sismanidis, a veículos de imprensa locais.

Sismanidis apresentou hoje os resultados no congresso internacional "Aristóteles - 2.400 anos", realizado na Universidade de Salônica.

A equipe em torno de Sismanidis chegou à conclusão de que uma construção descoberta em 1996 nas citadas escavações não pode ser outra coisa que o mausoléu de Aristóteles, após analisar dois manuscritos que faziam alusão à transferência das cinzas do filósofo para sua cidade natal.

Os arqueólogos que trabalhavam em Estagira desde o início dos anos 1990 ficaram surpresos que no meio de uma fortificação do período bizantino houvesse destroços de uma edificação, cujas características não coincidiam com essa época nem com eras posteriores.

As descobertas no interior das ruínas da construção - moedas de Alexandre, o Grande, e de seus sucessores - situam seu erguimento no começo do período helenístico.

Os destroços do teto achados neste sítio arqueológico demonstraram que a construção tinha sido coberta com telhas da fábrica real, o que demonstra que se tratava de um prédio público.

O local fica entre uma galeria do século V a.C. e um templo de Zeus do século VI a.C., dentro da antiga cidade, perto de sua ágora, e com vista panorâmica.

No piso do local há um retângulo de 1,30 por 1,70 metro, o que corresponde a um altar.

Todas estas indicações e o fato de que a forma da construção não permitia atribuir-lhe outro uso que o de um túmulo, fizeram os arqueólogos suspeitar de que se tratava de um mausoléu.

Finalmente, chegaram à conclusão que provavelmente a pessoa à qual era dedicado o mausoléu era Aristóteles, com a ajuda de dois documentos antigos: uma tradução em árabe do século XI d.C. de uma biografia do filósofo grego e o manuscrito N. 257 da Biblioteca Nazionale Marciana, de Veneza.

Ambos os documentos dizem que quando Aristóteles morreu em 322 a.C. na cidade de Calcis (atual Calcídia) os moradores de Estagira transferiram suas cinzas para uma urna de cobre, a puseram em um mausoléu e a ao lado delas construíram um altar.

Foto: Divulgação/Museu Nacional de Roma
EFE   
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