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A rocha gigante que passará 'raspando' na Terra e vai por à prova um sistema de alerta para asteroides

Asteroide 2012 TC4 tem entre 15 e 30 m de diâmetro e passará a um oitavo da distância entre a Lua e a Terra; segundo Nasa, objeto não representa perigo.

12 out 2017 - 07h38
(atualizado às 09h54)
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Objetos como o 2012 TC4 passam ao menos três vezes por ano a uma distância relativamente próximos da da Terra
Objetos como o 2012 TC4 passam ao menos três vezes por ano a uma distância relativamente próximos da da Terra
Foto: Nasa

Se chama 2012 TC4 e é do tamanho de uma casa a rocha que passará muito perto da Terra nesta quinta (12). Ela passará a uma distância de menos de 44 mil quilômetros do nosso planeta - a 36 mil quilômetros de altura estão centenas de satélites - e só será vista por observatórios europeus. Em seu ponto mais próximo da Terra, sua distância representará um oitavo da que há entre a Lua e nosso planeta.

A rocha mede entre 15 e 30 metros de diâmetro e viaja à velocidade de 14 km por segundo. Segundo a agência espacial Nasa, o objeto não representa um perigo para a Terra ou para os satélites em sua órbita. Corpos celestes como esse passam ao menos três vezes ao ano a uma distância relativamente próxima da Terra.

O que faz essa rocha ser especial é que ela foi escolhida para colocar à prova um sistema de alerta que promete detectar asteroides com maior antecedência.

"Estamos treinando para quando houver um caso realmente sério", disse Detlef Koshcny, pesquisador do programa para a detecção de objetos próximos à Terra da Agência Espacial Europeia.

2017, 2050 e 2079

Como o próprio nome indica, o 2012 TC4 foi avistado pela primeira vez há cinco anos. Naquele momento, ele se encontrava ao dobro da atual distância da Terra.

Segundo a Agência Espacial Europeia, o asteroide voltará a se aproximar da Terra daqui a três décadas, em 2050, e depois em 2079. Espera-se que da próxima vez ele tampouco represente algum perigo, mas isso dependerá da rota que venha a tomar.

Por isso, os pesquisadores querem fazer observações precisas sobre a trajetória da rocha e avaliar se foram acertadas as previsões sobre seu tamanho e órbita. Também querem analisar mais de perto sua composição.

No entanto, melhorar as técnicas para prever impactos não significa que se possa fazer algo efetivo caso a possibilidade venha a ocorrer.

Até agora não se encontraram maneiras de modificar as trajetórias de asteroides, por isso a solução é evacuar as zonas de risco para evitar vítimas.

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