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É falso que óleo de soja contaminado tenha sido encontrado em fábrica de Minas Gerais

ASSOCIAÇÃO DE FABRICANTES E EMPRESAS NEGARAM TER QUALQUER REGISTRO DE ADULTERAÇÃO; POLÍCIA CIVIL DO ESTADO NÃO INVESTIGA CONTAMINAÇÃO DE ÓLEOS

9 out 2025 - 14h05
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O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma existir óleo de soja adulterado em uma fábrica de Belo Horizonte (MG). O conteúdo exibe uma foto do produto da marca Soya.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que não tem registro de nenhum boletim de ocorrência sobre um caso como o do vídeo. A Bunge, fabricante da marca Soya, afirmou que não houve adulteração no produto - a empresa nem tem fábrica de óleos em Minas Gerais. A companhia Cargill, que produz óleo de soja em Uberlândia (MG), também disse não ter registro de qualquer contaminação. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) foi outra a desmentir o conteúdo do vídeo. "A alegação não tem base técnica nem respaldo no processo industrial", comunicou.

Saiba mais: O vídeo pega carona em uma onda de desinformação nas redes sociais sobre produtos adulterados. Postagens nesse sentido começaram a circular desde que pessoas foram contaminadas por metanol após ingerirem bebidas alcoólicas destiladas.

O Verifica mostrou que não existem alertas de contaminação por metanol na Coca-Cola, na cerveja, no leite e no café. Outras checagens informaram que o leite não é antídoto para a intoxicação pela substância e que existem sites fraudulentos que alegam vender "canudos antimetanol", mas a tecnologia ainda está em desenvolvimento.

De acordo com a associação de indústrias de óleo, não faria sentido haver contaminação por metanol no produto porque a substância tóxica não faz parte do processo produtivo. "Nas etapas de refino de óleos vegetais, não há qualquer uso dessa substância, apenas reagentes alimentares seguros e aprovados pelas autoridades sanitárias", comunicou a Abiove.

A associação acrescenta que a hipótese de adulteração também é infundada, porque o metanol é tóxico, pouco solúvel em óleos e seria facilmente detectado por análises laboratoriais de rotina. "Além do risco evidente, não há qualquer ganho econômico que justifique sua adição, o que reforça a falta de sentido técnico nas peças que circulam", disse.

A Abiove informa que as indústrias de óleo são fiscalizadas e certificadas, além de seguirem normas rígidas que garantem a segurança e a integridade do produto.

O que se sabe sobre as intoxicações por metanol?

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 8, que o número de pessoas intoxicadas por metanol no País subiu para 24. Dos casos, 20 foram confirmados em São Paulo. O Paraná registrou 3 e Rio Grande do Sul 1. Cinco pessoas morreram.

A substância é extremamente tóxica para o ser humano. As vítimas a consumiram em bebidas destiladas adulteradas.

O Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo constatou que o metanol foi introduzido em garrafas de bebidas apreendidas de forma proposital.

O Ministério da Saúde investiga outras 235 ocorrências suspeitas de intoxicação pela substância.

Estadão
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