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Candidato a premiê britânico Johnson é criticado por evitar questionamentos

11 jun 2019 - 09h33
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Boris Johnson, o favorito para suceder a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi criticado nesta terça-feira por um rival que disse que o ex-secretário das Relações Exteriores está evitando prestar esclarecimentos ao público durante a disputa.

Candidato a líder do Partido Conservador britânico Boris Johnson na porta de casa, em Londres
11/06/2019
REUTERS/Hannah McKay
Candidato a líder do Partido Conservador britânico Boris Johnson na porta de casa, em Londres 11/06/2019 REUTERS/Hannah McKay
Foto: Reuters

Após três anos de impasse político sobre a separação britânica da União Europeia, o governista Partido Conservador escolherá um novo líder entre 10 candidatos e espera ter um novo premiê no cargo até o final de julho.

Johnson, que comandou a campanha oficial do Brexit no referendo de 2016, é o favorito para substituir May, apesar de um longo histórico de escândalos e gafes.

Os mercados de apostas lhe dão uma probabilidade de 60% de conquistar o posto, mas rivais o atacaram devido às suas promessas de cortar impostos dos ricos, concretizar o Brexit com ou sem um acordo de saída e seu desejo aparente de se manter discreto.

Quando indagado sobre Johnson, o rival Matt Hancock disse: "Eu certamente penso que todos que se candidatam a primeiro-ministro deveriam estar abertos a um escrutínio, deveriam prestar contas".

"Todos deveriam participar dos debates de TV propostos. E acho que temos que fazer a pergunta: por que não?", disse ele à rádio BBC. "Não tenho nada a esconder, e é por isso que estou aqui".

Um porta-voz de Johnson não respondeu de imediato a pedidos de comentário. Johnson saiu de casa na manhã desta terça-feira sem falar, disse um repórter da Reuters no local. Ele deve iniciar sua campanha na quarta-feira.

"Hora de sair do bunker, Boris", disse o Daily Mail, o segundo jornal britânico mais lido, em um editorial. "Normalmente ele anseia pela atenção da mídia... mas está entrincheirado há semanas, ruminando ideias políticas vagas", disse o jornal.

Rivais disseram que ele está evitando os holofotes justamente por estar em evidência- uma palavra errada ou uma piada infeliz pode privá-lo de sua melhor chance de conseguir o cargo mais importante do país.

Johnson se destacou inicialmente como jornalista crítico da UE em Bruxelas, depois entrou na política no Partido Conservador. Ele também ganhou notoriedade graças a uma série de participações em um programa de humor de TV.

Sua sagacidade e seu estilo excêntrico o ajudaram a minimizar vários escândalos, entre eles ser demitido da equipe de formulação de políticas do partido quando na oposição por mentir sobre um caso extraconjugal -- mas ele venceu duas eleições municipais em Londres, que tem inclinação de esquerda, em 2008 e 2012.

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