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"Califado" do EI é eliminado na Síria

23 mar 2019 - 07h42
(atualizado às 16h38)
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Apoiadas pela coalizão liderada pelos EUA, Forças Democráticas Sírias anunciam fim do autoproclamado califado do "Estado Islâmico" (EI) na Síria. Mas grupo extremista ainda tem milhares de combatentes na região.As Forças Democráticas Sírias (FDS) anunciaram neste sábado (23/08) que o autoproclamado califado do "Estado Islâmico" (EI) foi totalmente eliminado, após combates em Baghouz, o último reduto jihadista na Síria.

Bandeira das Forças Democráticas Sírias é hasteada em Baghouz
Bandeira das Forças Democráticas Sírias é hasteada em Baghouz
Foto: DW / Deutsche Welle

"As Forças Democráticas Sírias declaram a total eliminação do califado autoproclamado e a derrota territorial do 'Estado Islâmico'. Neste dia único, lembramos os milhares de mártires cujos esforços fizeram possível esta vitória", escreveu o porta-voz das FDS em sua conta do Twitter.

Militantes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias, apoiados pela coalizão internacional liderada pelos EUA, combatiam há várias semanas os jihadistas no que consideravam ser o seu último reduto: a cidade de Baghouz, no interior da Síria.

A bandeira amarela das Forças Democráticas Sírias, aliança liderada por curdos, foi colocada nos edifícios de Baghouz, após a preta dos jihadistas do EI ter sido retirada. As FDS sublinharam ainda que vão continuar combatendo o que resta do grupo extremista até que ele seja completamente erradicado.

Após o anúncio, o presidente dos EUA, Donald Trump e prometeu que os americanos permanecerão "alertas" à principal organização jihadista do mundo.

"Nós permaneceremos alertas (...) até que (o EI) seja finalmente derrotado, onde quer que seja", disse Trump em um comunicado. "Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros e aliados para esmagar completamente os terroristas islâmicos radicais", acrescentou.

Os Estados Unidos lideram a coligação internacional que integra mais de 70 países, com o apoio do Conselho de Segurança da ONU, para combater o terrorismo na Síria e no Iraque. Embora o EI já não controle territórios, Washington calcula que o grupo extremista ainda tenha até 20 mil combatentes na Síria e no Iraque.

"Cremos que existem entre 15 mil e 20 mil seguidores do EI, apoiadores armados ativos, embora muitos integrem células adormecidas na Síria e no Iraque", indicou na semana passada o enviado especial dos Estados Unidos para a Síria, James Jeffrey.

As FDS expulsaram o EI da maior parte do nordeste da Síria, incluindo Raqqa, a capital de fato do "califado", que foi conquistada em outubro de 2017 após quatro meses de combates.

O anúncio das FDS aconteceu horas depois que a Casa Branca proclamou a vitória contra o EI, embora ainda continuassem os combates em Baghouz, cidade localizada a poucos quilômetros da fronteira com o Iraque.

A campanha militar das FDS foi retomada em setembro de 2018 e se desenvolveu lentamente, especialmente no último mês, devido à presença de milhares de civis em Baghouz.

CA/dpa/lusa/efe

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