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Witzel exonera secretário da Polícia do RJ após investigação sobre fraude durante pandemia

30 mai 2020 - 14h34
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O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marcus Vinicius Braga, foi exonerado do cargo nesse sábado pelo governador Wilson Witzel, que vem fazendo um reformulação em seu secretariado após investigações e operações sobre as compras emergenciais para a pandemia de coronavírus.

Braga pediu para deixar a pasta depois de dias turbulentos na polícia fluminense. Agentes são investigados pela morte há cerca de duas semanas de um adolescente de 14 anos em um operação no complexo de favelas do Salgueiro, na região metropolitana. O jovem era inocente e sem antecedentes, mas a casa em que ele estava com amigos foi fuzilada por cerca de 70 tiros. "Estava há 3 anos numa batida forte e precisava descansar", disse Braga à Reuters.

Witzel nomeou para comandar a polícia civil fluminense o delegado Flávio Marcos Amaral de Brito, que era subsecretário de Gestão Administrativa.

A mudança acontece em meio a uma reformulação no secretariado de Wilson Witzel, após uma onda de denúncias e investigações em torno de compras emergências para a pandemia da Covid-19. Essa semana, o governador trocou os titulares da Casa Civil e da Fazenda e, outras mudanças devem acontecer nos próximos dias.

Segundo fontes, as trocas fortalecem a influência de o secretário de Desenvolvimento, Lucas Tristão, que foi sócio do governador em um escritório de advocacia antes da eleição de Witzel. Um dos clientes de Tristão seria, segundo investigações em curso, o empresário Mário Peixoto, preso esse mês em operação da Lava Jato que apura vantagens a empresas contratadas pela secretaria de Saúde do Estado desde a época do ex-governador Sérgio Cabral.

Witzel já havia trocado o secretário da Saúde em meio as investigações. Edmar Santos chegou a ser nomeado para um nova pasta, mas, depois de decisão contrária da Justiça, pediu demissão do cargo.

Na Alerj, partidos de oposição já protocolaram pedidos de impeachment contra o governador do Estado por conta das suspeitas nas compras emergenciais para pandemia.

Witzel e a primeira dama, Helena Witzel, são aguardados na PF para prestar esclarecimentos no âmbito da operação Placebo. O governador já entrou em contato com o STJ sobre o depoimento. "O governador coloca-se à disposição para pronto depoimento às autoridades policiais, independentemente de recebimento de intimação formal", informou o Palácio Guanabara.

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