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"Vírus vai passar, desemprego pode demorar", opina Bolsonaro

26 mar 2020 - 20h28
(atualizado às 20h35)
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O presidente Jair Bolsonaro disse, em transmissão nas redes sociais na noite desta quinta-feira (26), que a onda do novo coronavírus chegou ao país e vai passar, mas resssalvou que não pode chegar aqui a onda do desemprego, que demora a passar.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, deixa o Palácio da Alvorada, em Brasília (DF)
O presidente da República, Jair Bolsonaro, deixa o Palácio da Alvorada, em Brasília (DF)
Foto: GABRIELA BILÓ / Estadão Conteúdo

"Nós precisamos de emprego no Brasil, manutenção (do emprego), estamos tomando várias medidas para que o emprego seja garantido", assegurou.

Em tom de alerta, o presidente disse que "sem grana" as pessoas podem morrer de fome, levar à depressão e ao suicídio, além de aumentar os índices de violência.

Bolsonaro repetiu que "erraram na dose" alguns poucos governadores e prefeitos que tomaram medidas mais drásticas de isolamento social no país. Citou que, para combater o vírus, "estão matando o paciente".

Segundo o presidente, esse vírus é igual a uma chuva, em que quando o tempo fecha as pessoas vão se molhar. Ele voltou a defender uma eventual adoção do chamado isolamento vertical, no qual apenas grupos de risco para a enfermidade são isolados. Essa medida, entretanto, não foi adotada oficialmente como protocolo de atuação no combate ao coronavírus pelo Ministério da Saúde.

"A primeira pessoa que tem que se preocupar com grupo de risco é você", disse, ao ressalvar que o governo não pode fazer tudo.

O presidente disse, novamente, que o brasileiro tem de ser estudado, numa consideração sobre uma suposta imunidade alta que teria naturalmente. Sem uma comprovação científica, ele citou que o brasileiro pula em esgoto e mesmo assim não pega doenças.

Bolsonaro afirmou que vai apresentar um projeto de lei, com regime de urgência, para garantir o pagamento da décima terceira parcela do programa Bolsa Família.

COMBUSTÍVEIS

Na transmissão, Bolsonaro exaltou o fato de que o preço dos combustíveis no país recuou cerca de 40% na refinaria. Disse que não vai interferir na política de preços da Petrobras, embora tenha dito que poderia fazer isso e que chegou a ligar para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Ele voltou a defender que esse percentual de queda chegue aos postos de abastecimento.

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