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Vice de Marina diz que aumento para ministros do STF é "imprudência"

9 ago 2018 - 18h52
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O candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (Rede), Eduardo Jorge (PV), considerou nesta quinta-feira como uma "imprudência" a proposta de aumento a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que não é adequada, na atual situação fiscal do país.

Plenário do Supremo Tribunal Federal
04/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Plenário do Supremo Tribunal Federal 04/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O vice comentou ainda o foro privilegiado, e disse ser favorável a uma restrição da prerrogativa a apenas algumas autoridades brasileiras.

"Acho uma imprudência isso, sinceramente. Com todo o respeito, o Judiciário é uma pedra basilar da democracia e não existe democracia sem a independência do Judiciário", comentou em live nas redes sociais.

"Tem que ser remunerado adequadamente, mas a gente tem que entender a situação do Brasil", opinou.

Jorge lembrou que, caso confirmado pelo Congresso, o aumento pode deflagrar uma reação em cadeia, já que o salário dos ministros do STF é utilizado como referência para outros vencimentos do serviço público.

"Não quer dizer que os funcionários não mereçam esse reajuste, mas a gente tem que levar em conta a situação do país", disse. "Acho que foi uma coisa que não veio em boa hora."

Na quarta-feira, ministros do STF aprovaram o encaminhamento da proposta de reajuste de seus salários ao Ministério do Planejamento para 39.293,32 reais, ante 33.763,00 reais hoje, como parte do Orçamento para 2019 da corte, aumento que deve pressionar ainda mais as contas públicas.

A proposta de aumento salarial de 16,38 por cento implicará gasto adicional total de 4 bilhões de reais em 2019, a ser incorporado como despesa de pessoal, de execução obrigatória, segundo cálculos das consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado informados à Reuters nesta quinta-feira.

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