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Toffoli defende urna eletrônica

17 set 2018 - 20h42
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Presidente do STF rebate comentários sobre manipulações nas urnas, após Bolsonaro levantar hipótese de suposta fraude eleitoral. Observadores da OEA acompanharão eleições neste ano.O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, defendeu nesta segunda-feira (17/09) a confiabilidade da urna eletrônica e descartou a hipótese de fraude nas eleições, após o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) divulgar um vídeo no qual cita uma suposta manipulação no processo eleitoral.

"Tem gente que acredita em saci-pererê", afirmou Toffoli, em entrevista coletiva, ao rebater as críticas do presidenciável. "A respeito disso, eu digo apenas que ele [Bolsonaro] sempre foi eleito usando a urna eletrônica", acrescentou.

Internado em São Paulo, após levar uma facada num evento de campanha, Bolsonaro divulgou no domingo um vídeo, no qual sugere a possibilidade de fraude nas urnas para beneficiar o PT. Essa não foi a primeira vez que o candidato critica o processo eleitoral. Na reforma política aprovada em 2015, ele chegou a propor um artigo que determinava a obrigatoriedade do voto impresso.

Sobre as críticas, Toffoli afirmou também que os sistemas das urnas são abertos a auditagem para todos os partidos, candidatos e para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e lembrou que o PSDB, após a derrota no segundo turno em 2014, pediu uma auditoria nas urnas e chegou a conclusão que não houve fraude.

O ministro destacou que pela primeira vez as eleições serão acompanhadas por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA). "Isso é necessário e importante para acabar com determinadas lendas que possam surgir", disse.

Na entrevista, o presidente do STF rebateu ainda as críticas de que a Corte atua para conter a Operação Lava Jato. "Em primeiro lugar, o Supremo Tribunal Federal sempre deu suporte à Lava Jato. Vamos parar com essa lenda urbana, com esse folclore, o STF nunca deu uma decisão que parasse a Lava Jato ou outras investigações", afirmou.

O ministro acrescentou que a Corte tem atuado para dar parâmetros legais às investigações e garantir o processo legal. "Quando as investigações se mostram abusivas, elas são, como devem ser, tolhidas pelo Judiciário, que é o que garante direitos individuais e fundamentais", afirmou.

Toffoli assumiu o comando do Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira. Ele sucede a ministra Cármen Lúcia na presidência da Corte.

CN/abr/ots

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