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Thyssenkrupp vai construir corvetas para Marinha brasileira

29 mar 2019 - 12h44
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Companhia alemã, em consórcio com a Embraer e outras empresas, recebe encomenda no valor de 1,6 bilhão de dólares. Os navios, utilizados para patrulha e escolta, devem ser entregues ao Brasil entre 2024 e 2028.Um consórcio integrado pela empresa alemã Thyssenkrupp Marine System, braço da Thyssenkrupp, e as brasileiras Embraer Defesa & Segurança e Atech venceu uma concorrência lançada pela Marinha do Brasil para construir quatro corvetas por 1,6 bilhão de dólares.

Corvetas serão baseadas em navios da classe “Meko”
Corvetas serão baseadas em navios da classe “Meko”
Foto: DW / Deutsche Welle

Os navios, utilizados para patrulha e escolta, devem ser entregues à Marinha entre 2024 e 2028.

Batizado de "Águas Azuis", o consórcio propôs a construção de adaptações de corvetas alemãs do tipo MekoA100 e também conta com a participação das empresas Ares Aeroespacial e Defesa S.A, Fundação Ezute, Oceana Estaleiro S.A, Omnisys Engenharia Ltda, SKM Eletro Eletrônica Ltda e WEG Equipamentos Elétricos S.A. como subcontratadas.

Três outros consórcios haviam sido finalistas da disputa pelo contrato: o consórcio FLX, formado pelas italianas Fincantieri e Leonardo; o Villegagnon, liderado pela francesa Naval Group, e um grupo composto pela holandesa Damen Schelde Naval e a sueca SAAB.

O projeto de aquisição das embarcações, apelidado de "Programa CCT - Corvetas Classe Tamandaré", visa ampliar a limitada frota da Marinha. Os navios serão utilizados para se contrapor a eventuais ameaças, garantir a proteção do tráfego marítimo, bem como controlar as águas jurisdicionais brasileiras e zona econômica exclusiva, que juntas formam a chamada Amazônia Azul, totalizando mais de 4,5 milhões de quilômetros quadrados.

Uma das condições impostas na concorrência era de que os navios fossem construídos em estaleiros brasileiros e com um alto índice de componentes nacionais. Com isso, o consórcio vencedor se comprometeu a construir as corvetas com 31,6% de conteúdo local para o primeiro navio e 41% para os demais. A execução do projeto ocorrerá no Estaleiro Oceana, em Itajaí (SC).

A Atech, subsidiária da Embraer, será responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Gestão de Combate dos quatro navios em parceria com a Atlas Elektronik, subsidiária da Thyssenkrupp, enquanto a Embraer Defesa & Segurança fará a integração de sensores e armamentos para o sistema de combate.

Os navios terão comprimento de 107,2 metros, calado de 5,2 metros e capacidade de deslocamento de 3.455 toneladas, navegando na velocidade de 14 nós.

A escolha do consórcio vencedor se dá após um processo conturbado em meio à decisão de se utilizar royalties do pré-sal para a capitalização do projeto, escapando do teto de gastos do governo. O processo continuou apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter questionado a manobra.

PJ/efe/dpa/rtr/ots

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