Teto de túnel desaba sobre ônibus no Rio de Janeiro sem deixar vítimas
Um ônibus foi atingido pelo desabamento de parte do teto do Túnel Acústico Rafael Mascarenhas, no Rio de Janeiro, no início da tarde desta sexta-feira, sem deixar vítimas, mas causando a interdição da via e gerando transtornos no trânsito da cidade, informou o Corpo de Bombeiros.
Os dois sentidos do túnel, que tem 500 metros de extensão e liga a zona sul à zona oeste da cidade, foram interditados, o que deixou o tráfego praticamente paralisado na região. Até o momento, três viaturas foram enviadas para o local, segundo os Bombeiros.
O Centro de Operações da Prefeitura decretou estágio de crise, o mais elevado na escala, às 12h35, devido às complicadas condições de mobilidade e às fortes chuvas que atingem a Rio.
O prefeito Marcelo Crivella (PRB) pediu que os funcionários públicos interrompam suas atividades mais cedo para que houvesse menos pessoas se deslocando durante o horário de pico.
"Vamos começar a trabalhar a partir de agora. Tem escoramento para fazer, tem muito entulho para ser retirado, tem uma encosta aqui também para ser vigiada e talvez obras a serem feitas", disse Crivella em um vídeo. Ele acrescentou que a prefeitura "vai trabalhar o mais rápido possível" para liberar o local.
Outras principais vias da região também permanecem interditadas.
Após um acidente, o Túnel Rebouças foi parcialmente fechado no sentido Lagoa. A Avenida Niemeyer permanece bloqueada devido a um deslizamento de terra na quinta-feira, de acordo com o Centro de Operações da prefeitura.
Nos últimos meses, temporais deixaram um rastro de destruição por todo o município do Rio. Em fevereiro, sete pessoas morreram. Dois meses depois, fortes chuvas causaram a morte de 10 pessoas, além de diversos pontos de alagamento e acúmulo de lama pelas vias da cidade.
Quatro dias depois após a tempestade, um prédio desabou na comunidade de Muzema, na zona oeste do Rio, com o registro de 23 mortes.
À época, Crivella decretou estado de calamidade por 180 dias. O decreto, publicado no Diário Oficial, previa a contratação emergencial sem a necessidade de licitação, eventual descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, realocação de recursos, abertura de espaço para demanda por recursos emergenciais junto ao governo federal e o descontingenciamento de 40 milhões de reais para obras de prevenção contra enchentes.