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Temer tem suas preferências, diz Meirelles após presidente dizer que Alckmin tem aparente apoio do governo

16 ago 2018 - 21h10
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O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira que o presidente Michel Temer tem suas preferências, após a declaração dele à Folha de S.Paulo de que, aparentemente, o candidato que tem o apoio do governo é Geraldo Alckmin, do PSDB, pelo fato de partidos da base de Temer estarem coligados com o tucano.

Meirelles durante evento em Brasília
 14/8/2018   REUTERS/Adriano Machado
Meirelles durante evento em Brasília 14/8/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Indagado se a declaração de Temer lhe trazia alívio, dada a elevada impopularidade do presidente, Meirelles sorriu.

"Bom, você é que está dizendo isso", afirmou ele inicialmente.

"Não é fiquei aliviado com o fato de o presidente Temer declarar esse tipo de coisa e não declarar o apoio a mim e isso devido, portanto, a essa questão da popularidade. Então as pessoas entendem que seria até favorável a mim. Eu não entendo assim, eu entendo que o importante é mostrar o trabalho que eu fiz", acrescentou a jornalistas após participar de evento do Grupo de Mulheres do Brasil, em São Paulo.

Meirelles fez ainda a avaliação de que a declaração de Temer é "absolutamente normal".

"O presidente Temer tem as suas preferências e a sua dinâmica pessoal e ele exprime o que ele prefere exatamente do ponto de vista dele. Mas o importante é que nós temos um histórico para mostrar", disse.

Durante o evento, em que sete candidatos ao Palácio do Planalto responderam perguntas de integrantes do grupo, liderado pela empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração da varejista Maganize Luiza, Meirelles disse que comandou a economia no período em que foi presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e exaltou o desempenho econômico daquele período.

Falou ainda que, no comando do Ministério da Fazenda na gestão Temer, o país saiu da recessão.

Presente no evento, a candidata da Rede, Marina Silva, também foi indagada sobre a entrevista do presidente ao jornal e disse que a base que esteve com a ex-presidente Dilma Rousseff estava com Temer e agora apoia Alckmin.

"A mesma base que estava com a Dilma, com o Temer, praticamente é a mesma que está com o candidato do PSDB. Agora, eu estou mais preocupada é com aqueles que eu escolhi para me apoiar. Eu tenho um excelente vice (Eduardo Jorge), hoje nós iniciamos a nossa campanha tratando de um dos problemas mais graves, que é o problema da saúde pública", disse Marina, lembrando que esta quinta marca o início oficial da campanha eleitoral.

Em sua fala no evento, Marina defendeu que é necessário ter propostas, mas que é fundamental ter propósitos, e criticou a ideia do "rouba, mas faz".

"Não podemos abrir mão dos propósitos, porque sem eles as nossas propostas ficam vazias", disse Marina à plateia de mulheres.

"É preciso que a gente recupere o nosso país... Nós temos que fazer e não roubar."

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