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Temer diz que problemas são "artificialmente criados" no país que há uma cultura de atrapalhar o outro

12 set 2017 - 14h55
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O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que existem no Brasil pessoas que querem "atrapalhar o outro" e que existem problemas "artificialmente criados".

Presidente Michel Temer durante reunião com sindicalistas em Brasília
12/09/2017 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Michel Temer durante reunião com sindicalistas em Brasília 12/09/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Um problema importante no país é que cada um quer derrubar o outro. Ela não quer ajudar o outro. Cada um quer encontrar um caminho para verificar como é que atrapalha o outro. Mas não conseguem porque o Brasil não para", afirmou.

"O povo brasileiro é maior que toda e qualquer crise. O povo brasileiro é capaz de encarar os problemas muitas vezes artificialmente criados, e dizer 'não vou no artifício, eu vou na realidade'. E a realidade é o crescimento do país", complementou.

Na segunda-feira, a Polícia Federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório sobre a investigação contra o PMDB. O documento aponta indícios de corrupção contra Temer e dois de seus principais ministros --Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência-- além de boa parte da cúpula do PMDB.

Segundo a PF, Temer teria recebido vantagens indevidas de 31,5 milhões de reais. Outras notícias que irritaram o presidente foram vazamentos da delação premiada do empresário Lúcio Funaro, que o acusa de ter negociado pagamentos por telefone mais de uma vez.

Mais cedo, o Palácio do Planalto divulgou uma nota dura de resposta às acusações, em que afirma que o Brasil vem assistindo a violação das garantias individuais "sem que haja a mínima reação".

"Facínoras roubam do país a verdade. Bandidos constroem versões 'por ouvir dizer' a lhes assegurar a impunidade ou alcançar um perdão, mesmo que parcial, por seus inúmeros crimes. Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações clandestinas", diz a nota, sem citar diretamente nem o relatório da PF nem a delação de Funaro.

Temer reuniu representantes de vários setores industriais e das centrais sindicais para uma reunião aberta no Palácio do Planalto e um almoço com a intenção de ouvir reivindicações que ajudem no aumento do emprego no país.

Entre o pedidos, a facilitação de crédito via BNDES, um programa para renovação de frota automobilística, controle para o dólar não cair mais e facilitar as importações que competem com produtos nacionais --especialmente na área de têxteis-- e a retomada de obras públicas.

Temer fez ainda um balanço de dados oficiais no aumento de emprego e crescimento de setores industriais nos últimos meses. "Saímos de uma recessão acentuadíssima e progredimos nesses 16 meses", afirmou.

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