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Temer diz que acertou com governadora de Roraima intervenção federal no Estado

7 dez 2018 - 21h46
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O presidente Michel Temer anunciou nesta sexta-feira que acertou com a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), uma intervenção federal no Estado em função da situação financeira e de segurança.

Temer em Brasília
 17/10/2018   REUTERS/Adriano Machado
Temer em Brasília 17/10/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"A questão de Roraima está se agravando de dois dias para cá. Tentamos os mais variados meios, de maneira que pudéssemos fornecer recursos a Roraima, a fim de tentar inviabilizar esse movimento que lá está ocorrendo", disse o presidente no Palácio do Alvorada.

"Não encontramos nenhuma saída legal para tanto, e daí porque falei com a governadora e disse que a única hipótese para solucionar essa questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse do novo governador, ou seja, até 31 de dezembro, e fiz com a governadora uma espécie de intervenção negociada", acrescentou.

No sábado, a decisão será levada aos conselhos de Defesa Nacional e da República.

Segundo o Jornal Nacional, o interventor será o governador eleito Antonio Denarium, que é do PSL, mesmo partido do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na prática, a intervenção antecipará a posse de Denarium no comando do Estado.

Com dificuldades financeiras, Roraima tem recebido um grande fluxo de venezuelanos que deixam seu país natal por causa da grave situação econômica e social, o que vinha pressionando os serviços públicos do Estado.

Na quinta-feira, a crise chegou à área de segurança, com paralisação de policiais e agentes penitenciários devido a salários atrasados.

Em agosto, o governo de Roraima ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão temporária da imigração de venezuelanos por meio da fronteira em Pacaraima, no norte do Estado.

Antes disso, o governo de Roraima chegou a pedir o fechamento temporário da fronteira com a Venezuela. Temer rejeitou a possibilidade afirmando que "fechar fronteiras é incogitável".

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