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Davos: Temer diz que eleições não ameaçam agenda de reformas

24 jan 2018 - 08h05
(atualizado às 09h05)
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Presidente Michel Temer fala durante Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça 24/01/2018 REUTERS/Denis Balibouse
Presidente Michel Temer fala durante Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça 24/01/2018 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira, em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que as eleições de outubro não representam uma ameaça à agenda de reformas, uma vez que o povo brasileiro irá às urnas ciente de que "a responsabilidade dá resultados" e viabiliza políticas sociais.

"Sei que muitos podem estar se perguntando se continuaremos nesse caminho; se nossa jornada não estaria ameaçada pelas eleições que se avizinham no Brasil. Permitam-me dizer-lhes, sem rodeios e com convicção: completaremos nossa jornada", disse Temer, na primeira participação de um presidente brasileiro em Davos desde 2014.

"O Brasil que vai às urnas em outubro sabe que a responsabilidade dá resultados. Traz equilíbrio das contas, crescimento e empregos. Viabiliza políticas sociais. Hoje, os principais atores no Brasil, políticos e econômicos, convergem em que não há alternativa à agenda de reformas que estamos promovendo. O espaço para uma volta atrás é virtualmente inexistente", acrescentou.

Temer acrescentou em sua fala durante o encontro global de líderes políticos e empresariais que o governo vai "batalhar dia e noite" junto ao Congresso Nacional para conseguir aprovar a reforma da Previdência, e que o governo dará prosseguimento à agenda reformista com uma simplificação do sistema tributário até o final do ano.

Segundo Temer, conforme se aproxima a data de votação da reforma da Previdência na Câmara em 19 de fevereiro, cada vez mais a população percebe que o sistema atual é "injusto e insustentável".

O presidente ainda utilizou o palco no cenário internacional para vender um "novo Brasil" que nasce da agenda de reformas para os investidores, convidando-os a investir no país em setores como concessões de infraestrutura e petróleo.

Temer criticou tendências isolacionistas que disse estarem ganhando força no mundo atualmente, e afirmou que o protecionismo não é a solução para o crescimento da economia global.

"Quando nos fechamos em nós mesmos, nos fechamos a novas tecnologias, a novas ideias, a novas possibilidades. Fechamo-nos a soluções efetivas para problemas comuns. Nosso governo tem atuado para integrar, cada vez mais, o Brasil à economia global", afirmou.

Dentro dessa política, segundo Temer, pela primeira vez em muitos anos há uma perspectiva realista de conclusão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia -- "acordo que queremos abrangente e equilibrado", afirmou.

Com participação no Fórum Econômico Mundial no mesmo dia em que será julgado recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por condenação a 9 anos e 6 meses de prisão no âmbito da operação Lava Jato, Temer reiterou ainda que "as instituições estão funcionando com tranquilidade" no país, ao ser questionado por mediador sobre o combate à corrupção.

"A segurança jurídica existente no Brasil é inclusive um incentivo para os investidores", afirmou.

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