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Sobe para 15 número de mortos por desabamento de prédios no Rio; 9 desaparecidos

16 abr 2019 - 09h15
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O número de mortos pelo desabamento de dois prédios irregulares na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, subiu para 15, informou o Corpo de Bombeiros nesta terça-feira, e nove pessoas permanecem desaparecidas.

Imagem aérea de prédios que desabaram na Muzema, no Rio de Janeiro
12/04/2019
REUTERS/Sergio Moraes
Imagem aérea de prédios que desabaram na Muzema, no Rio de Janeiro 12/04/2019 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Nesta terça-feira mais quatro corpos foram encontrados sob a montanha de escombros dos edifícios, e uma outra vítima fatal já havia sido encontrada na segunda-feira.

Os bombeiros ainda buscam por 9 desaparecidos na tragédia ocorrida na sexta-feira, e, à medida que o tempo passa, a possibilidade de se encontrar sobreviventes se torna mais difícil.

"Só vamos sair da Muzema quando toda a área for vasculhada. O tempo melhorou e isso ajuda nos trabalhos, mas o tempo (cronológico) é nosso maior adversário", disse um porta-voz dos bombeiros.

Cerca de 100 homens trabalham nas buscas no local do desabamento e, desde sexta-feira, amigos e parentes de desaparecidos fazem uma vigília no local. Bombeiros, defesa civil e Exército contam com ajuda de drones e cães farejadores na operação de salvamento.

A polícia já abriu investigações para apurar responsabilidade pelas construções que ruíram e para obter mais detalhes sobre o avanço das milícias na construção de imóveis em áreas sob seu domínio em regiões carentes e favelas da cidade.

A Muzema, no bairro do Itanhangá, é uma área dominada por milicianos que controlam distribuição de água, gás, transporte alternativo, TV a cabo, segurança e, mais recentemente, a construção de imóveis.

O presidente da associação de moradores do local é aguardado para prestar depoimento nesta terça-feira. Moradores da Muzema chamados para ajudar nas investigações da polícia não compareceram com medo de represálias, segundo a polícia.

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