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Política

Senadores pedem acesso a mensagens que poderiam implicar Bolsonaro

Ex-presidente da Petrobras afirmou ter devolvido seu celular corporativo à estatal com material comprometedor

27 jun 2022 - 13h39
(atualizado às 14h47)
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Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro
Foto: Guga Matos / Reuters

Três senadores apresentaram nesta segunda-feira, 27, um requerimento de informação para que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, preste informações sobre registros de mensagens trocadas em celulares corporativos e registros audiovisuais de reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras.

No domingo, o portal Metrópoles noticiou que o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco afirmou ter devolvido seu celular corporativo à estatal, ao deixar o comando da empresa, com material que, segundo ele, poderia implicar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques", teria dito o ex-presidente da estatal.

O requerimento dos senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e da senadora Zenaide Maia (PROS-RN) foi apresentado no plenário do Senado, segundo a assessoria do primeiro subscritor, e precisa ser apreciado pela Mesa Diretora do Senado.

No pedido, os senadores requerem, entre outros pontos, informações sobre as regras internas para a preservação dos dados de ex-ocupantes da Petrobras e solicitam cópia dos arquivos de mensagens, inclusive em aplicativos de mensagens, dos aparelhos telefônicos celulares utilizados pelos presidentes da Petrobras desde 2019.

"Trata-se de mais um indício preocupante de gestão temerária da Petrobras, que começou recentemente a ser investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após o anúncio irregular da renúncia de seu último presidente, José Mauro Coelho, em desacordo às práticas de mercado de valores", disse o requerimento, em sua justificativa.

O presidente Jair Bolsonaro tem pressionado o comando da empresa para tentar impedir novas altas nos preços dos combustíveis. O governo federal é o acionista majoritário da Petrobras.

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