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Senador da Rede pede à PGR que pondere investigação contra Marun por declarações sobre Barroso

14 mar 2018 - 17h55
(atualizado às 18h37)
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou nesta quarta-feira uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo que "pondere" a viabilidade de investigação do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, por declarações sobre o ministro do STF Luís Roberto Barroso.

Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, durante coletiva de imprensa em Brasília, Brasil
30/01/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, durante coletiva de imprensa em Brasília, Brasil 30/01/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Para o senador, os comentários de Marun falando que analisa a possibilidade de apresentar no Senado um pedido de impeachment de Barroso --o mesmo que determinou a quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer em uma outra investigação-- configuram uma ameaça e podem configurar crimes de obstrução à Justiça e abuso de autoridade.

"Me parece que isso está caracterizado pelas declarações e ameaças que o senhor Marun procedeu ontem contra o ministro Luís Roberto Barroso", disse o senador, após protocolar a representação na PGR.

"A atitude do senhor Marun é uma ameaça e um constrangimento à atuação do Poder Judiciário, e um constrangimento às investigações, visto que essa ameaça ocorreu menos de 24 horas depois de o ministro Luís Roberto Barroso ter determinado a quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer", afirmou Randolfe, acrescentando que também irá acionar o STF.

Na terça-feira, Marun subiu o tom ao dizer que analisa pedir no Congresso o impeachment do ministro da suprema corte. Marun disse não ter conversado com Temer sobre o assunto e que considera, se for o caso, uma licença do cargo para pedir o impeachment, que precisa ser feito no Senado.

Na noite anterior, ao saber da decisão de Barroso que alterou o decreto de indulto de Natal assinado por Temer em dezembro passado excluindo aqueles que cometeram os chamados crimes de colarinho branco, Marun já havia reagido com irritação e acusou o ministro do STF de usurpar prerrogativas constitucionais do presidente.

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