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Sem texto de consenso, comissão da reforma administrativa adia reunião

21 set 2021 - 16h27
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A comissão especial da reforma administrativa na Câmara cancelou a reunião prevista para esta terça-feira e convocou novas tentativas de votação do texto para quarta e quinta, enquanto o relator da proposta, Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), trabalha na tentativa de construir um parecer com maiores chances de ser aprovado.

Vista da Esplanada dos Ministérios, em Brasília 
21/04/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Vista da Esplanada dos Ministérios, em Brasília 21/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Maia já havia apresentado um relatório, que posteriormente foi modificado. Mas, diante de resistências ao texto, o relator acordou com membros da comissão que iria preparar um terceiro texto, no qual ainda trabalha.

Dentre os pontos que provocaram críticas estão dispositivos que tratam da contratação temporária e de cooperação com o setor privado.

"Nós consideramos que houve alguns avanços importantes, mas insuficientes. Chamo a atenção principalmente para o art. 37-A, que, na prática, vai permitir uma cooperação com o setor privado no serviço público. Isso é um incentivo ao patrimonialismo, pois as instituições privadas vão usar a estrutura do serviço público para se apropriar dos recursos públicos, sendo mais um foco de desvio de recursos públicos no Brasil", disse o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) em reunião da comissão na semana passada.

Já o vice-líder da Minoria na Casa, José Guimarães (PT-CE), criticou as regras de contratações por um prazo limite de 10 anos.

"Contratações temporárias por 10 anos? Que PEC é essa? Ela preserva o que para a administração pública na prestação dos serviços? Não preserva nada! É a desconstrução de tudo aquilo que foi feito na Constituinte de 1988 pelos chamados Constituintes originários", disse Guimarães.

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