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Rocha Loures vira réu por corrupção passiva

11 dez 2017 - 18h06
(atualizado às 18h07)
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Ex-assessor de Temer foi flagrado recebendo mala com 500 mil reais de propina, entregue por um executivo da JBS. Defesa de Loures afirma que ele só pode ser julgado junto com o presidente.A Justiça Federal no Distrito Federal aceitou nesta segunda-feira (11/12) a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures por corrupção passiva. Com decisão, o ex-assessor do presidente Michel Temer se torna réu no processo referente ao recebimento de uma mala de propina paga pela JBS.

"Concluo que a peça acusatória cumpre os requisitos formais, descreve fatos que, em tese, são criminosos e está amparada em elementos de convicção que, em exame preliminar, confortam as circunstâncias de fato e de direito nela relatadas. Não é o caso, então, da rejeição liminar da denúncia", justificou o juiz federal Jaime Travassos Sarinho a decisão.

Loures foi flagrado em abril recebendo uma mala com 500 mil reais de um diretor da JBS, Ricardo Saud. O dinheiro, segundo a investigação da Polícia Federal, era de propina e teve o presidente como beneficiário. A empresa teria prometido um total de 38 milhões de reais, que não chegou a ser pago. Loures seria o operador de Temer para assuntos ligados ao grupo.

O ex-deputado foi preso em Brasília em 3 de junho passado, mas pouco depois ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar enquanto responde ao processo criminal. Loures nega as acusações.

O caso começou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Edson Fachin entendeu que o ex-deputado não tem mais foro privilegiado e deve responder às acusações na primeira instância.

A denúncia foi apresentada contra Loures e Temer, com base na delação premiada de Joesley Batista, dono do grupo JBS. O seguimento da ação contra o presidente foi barrado na Câmara dos Deputados.

Ao jornal Folha de São Paulo, o advogado de Loures, Cezar Roberto Bitencourt, não comentou as acusações, mas afirmou que seu cliente só pode ser julgado juntamente com Temer, devido à conexão dos fatos atribuídos aos dois.

CN/abr/ots

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