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Renan rebate Lira e defende pedir indiciamentos de deputados em relatório da CPI

28 out 2021 - 14h51
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O relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), rebateu nesta quinta-feira o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e defendeu a decisão da comissão de inquérito de sugerir no relatório final dos trabalhos o indiciamento de deputados federais pela divulgação de notícias falsas em relação à pandemia do coronavírus.

20/10/2021
REUTERS/Adriano Machado
20/10/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Na véspera, Lira havia atacado o relatório da CPI e dito que deputados não poderiam ser responsabilizados por opiniões que haviam emitido por terem imunidade em palavras e votos. Ele alertou que a iniciativa do Senado abre um "precedente perigoso".

Nesta quinta, Renan contestou o presidente da Câmara.

"É inacreditável o que ele (Lira) falou, até porque nós não tínhamos como deixar de sugerir o indiciamento dos parlamentares, uma vez que há provas sobejas da conduta criminal deles. E nós tínhamos que fazer, isso é uma regra geral. Não pode fazer com uns e não fazer com outros, porque são parlamentares", disse o relator da CPI, após entregar o parecer ao Tribunal de Contas da União.

Uma comitiva da comissão, que encerrou os trabalhos com a aprovação do relatório final na terça, tem entregado a várias autoridades trechos do parecer para que as instituições e órgãos de investigação deem seguimento às apurações.

O grupo de senadores da CPI, entretanto, não vai entregar o relatório a Lira. Segundo Renan, um grupo de juristas vai elaborar --a partir das conclusões do parecer-- um pedido de impeachment por crime de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro para ser apresentado à Câmara.

Caberá a Arthur Lira decidir sobre esse futuro pedido de impeachment. Aliado de Bolsonaro, ele até o momento não deu seguimento a qualquer dos mais de 100 pedidos de impedimento do presidente.

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