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Reforma ministerial será "ampla" para garantir apoios para aprovar Previdência, diz Jucá

14 nov 2017 - 15h00
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O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), disse nesta terça-feira que o presidente Michel Temer fará uma "ampla" reforma ministerial que contemplará os partidos da base aliada para garantir os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.

Líder do governo no Senado, Romero Jucá, durante cerimônia no Palácio do Planalto
12/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Líder do governo no Senado, Romero Jucá, durante cerimônia no Palácio do Planalto 12/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"É muito importante que esse entendimento possa ser construído com os partidos políticos e com a Câmara até para aprovar e agilizar a votação das reformas", disse o senador.

Para Jucá, a saída do ministro das Cidades, o deputado tucano Bruno Araújo (PE), precipitou as mudanças na Esplanada e o presidente vai avaliar como fazer a reforma ministerial. Ele contabilizou que há 17 ministérios que ficarão vagos, porque seus titulares deixarão os cargos para disputar eleições em 2018.

Em sintonia com o Planalto, o peemedebista disse que não adianta fazer uma reforma ministerial agora e outra em março. "Seriam ministros festivos, que ficariam no cargo só no Natal, Reveillon e Carnaval. Só tem feriado daqui para a frente", disse.

Pela legislação, os titulares de ministérios que pretendem se candidatar nas eleições do ano que vem precisam se desincompatibilizar dos cargos até o início de abril.

Jucá classificou o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, como um "bom nome" para ocupar o Ministério das Cidades. Ele, que já foi ministro da pasta, é apadrinhado pelo PP para voltar ao comando do ministério. Jucá afirmou que é preciso colocar gente experiente no cargo porque há pouco tempo.

O presidente do PMDB afirmou que quando se faz esse tipo de "ajuste" na equipe ministerial se leva em conta o apoio que os partidos aliados podem dar ao governo.

Mais cedo, reportagem da Reuters informou que Temer começou esta semana uma série de reuniões com os presidentes dos partidos e ministros que devem ser candidatos nas eleições de 2018 para adiantar a reforma ministerial mais abrangente inicialmente prevista para março. [nL1N1NK148]

PREVIDÊNCIA

Jucá disse esperar que a reforma da Previdência seja votada na Câmara dos Deputados ainda neste ano e que possa ser analisada pelo Senado no início do próximo ano.

Para ele, se os deputados não votarem a proposta ainda em 2017, fica difícil analisá-la em 2018, porque o calendário de apreciação da matéria ficará "curto".

Segundo o peemedebista, nesse cenário, a votação da reforma ficará para depois da eleição de outubro, o que vai diminuir a condição do próximo governo de fazer um ajuste fiscal e equilibrar as contas públicas para desempenhar um bom governo.

"A Previdência não é para o presidente Temer, é para os próximos governos", argumentou.

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