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Raquel Dodge defende continuidade de inquérito dos portos

27 out 2017 - 17h42
(atualizado às 18h28)
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contrariou pedido da defesa do presidente Michel Temer e defendeu a continuidade das apurações no inquérito em que ele é investigado sob suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na edição de um decreto este ano que mudou regras do sistema portuário.

O presidente brasileiro Michel Temer ao lado da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em Brasília
18/09/2017
REUTERS/Ueslei Marcelino
O presidente brasileiro Michel Temer ao lado da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em Brasília 18/09/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, Dodge disse que não foram concluídas as apurações do inquérito. Ela destacou que o inquérito é recente e ainda há diligências pendentes de serem cumpridas, segundo a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Esta semana, por exemplo, o relator do inquérito no STF, Roberto Barroso, determinou que a Polícia Federal formule as perguntas para o presidente, que já avisou que vai responder por escrito.

A procuradora-geral da República afirmou ainda que somente após a conclusão dessa fase da investigação será possível definir se o caso será arquivado por falta de provas, novas apurações serem requeridas ou Temer alvo de uma denúncia criminal.

No final de setembro, Barroso havia pedido uma manifestação de Dodge a respeito das petições dos advogados de Temer em que alega que o presidente não cometeu qualquer irregularidade na edição do decreto.

Os advogados do presidente haviam apresentado ao inquérito documentos internos do governo que justificaram a posição de se editar o decreto.

Com a rejeição da segunda denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pela Câmara na noite desta quarta, a apuração sobre os portos é a única investigação a que Temer responde no exercício do cargo.

A suspeita é que Temer teria atuado de forma ilegal, em conjunto com o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, na edição do decreto para prorrogar os contratos de concessão e arrendamento portuários, o que era defendido pela Rodrimar.

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