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Queremos mostrar que Haddad é candidato do povo e mercado financeiro irá se curvar, diz Jaques Wagner

10 out 2018 - 17h31
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O senador eleito pela Bahia e um dos principais nomes do PT, Jaques Wagner, reconheceu nesta terça-feira que Jair Bolsonaro (PSL) é o candidato do mercado financeiro à Presidência da República, mas disse que o partido buscará mostrar que o petista Fernando Haddad é o candidato do povo e que, se Haddad vencer, o mercado se curvará.

Jaques Wagner antes de reunião em Brasília
07/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Jaques Wagner antes de reunião em Brasília 07/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Não podemos interferir se mercado escolheu Bolsonaro como candidato, nós queremos que o Haddad seja o candidato do povo. O

mercado vai dizer quem quer, mas vai conviver com quem foi eleito", disse Wagner diante da insistência dos jornalistas em saber se o candidato faria acenos ao mercado.

"O candidato do mercado é o do PSL, mas vamos provar que o candidato do povo é Haddad e o mercado vai se curvar", acrescentou.

Com a ida de Haddad ao segundo turno, há cobranças para que o candidato faça acenos ao mercado financeiro para provar que as políticas petistas não seriam radicais. Uma delas é de que Haddad, como fez seu adversário, apresente nomes possíveis para sua equipe econômica, o que não deve acontecer.

Como mostrou a Reuters, o partido e o próprio candidato defendem que não é o momento de apresentar um ministro da Fazenda. Uma fonte afirmou que qualquer nome apresentado agora poderia agradar o mercado, mas poderia alienar uma boa parte da base petista, ou vice-versa.

No início da tarde o próprio candidato reafirmou que esse anúncio não seria feito.

"Eu não gosto de compor equipe antes do resultado eleitoral. Nós temos um grupo de economistas e pensadores que fizeram o nosso programa de governo. O plano de governo está registrado no Tribunal Superior Eleitoral e eu não vejo necessidade de antecipar equipe, a não ser numa circunstância", disse Haddad em à rádio Guaíba.

O candidato afirmou ainda ter uma certeza, de que o seu ministro não será um banqueiro, mas possivelmente será alguém ligado à produção, um empresário ou um economista ligado ao setor produtivo.

A fonte ouvida pela Reuters disse que não existe resistência do partido em conversar com o mercado e fazer acenos, e que já há uma certa inflexão para o centro, mas que para isso não são necessários nomes.

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