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Quem vencer eleição terá que conversar com todos setores para poder governar, diz Haddad

24 set 2018 - 21h13
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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, novamente abriu brechas para conversas com rivais, ainda na eleição ou no caso de eleito, e afirmou nesta segunda-feira que o vencedor dessas eleições presidenciais terá que conversar com todos os segmentos da sociedade para conseguir governar.

Haddad deixa sede da Polícia Federal em Curitiba
 24/9/2018    REUTERS/Rodolfo Buhrer
Haddad deixa sede da Polícia Federal em Curitiba 24/9/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Foto: Reuters

"Não vamos resolver tudo no dia 7 ou 28 de outubro. Às vezes eu vejo aí candidato dizendo 'eu vou sair muito forte (da eleição) e vou aprovar tudo em três meses'. Não vai acontecer isso, não ocorrerá", disse o petista em conversa com blogueiros de sites considerados mais alinhados com a esquerda.

"O que vai acontecer que é quem ganhar vai ter que vir 'piano' conversar com as pessoas, recompor, retecer, vai ter um trabalho aí de costurar, de cerzir um tecido que foi esgarçado. Porque foi o que aconteceu na sociedade brasileira", disse Haddad.

Os candidatos do PDT, Ciro Gomes, e do PSDB, Geraldo Alckmin já disseram que pretendem usar a força das urnas para aprovar todas as suas principais propostas nos primeiros seis meses de governo.

"Vamos ter que reconstruir até no imaginário das pessoas alguma confiança no sistema político", disse Haddad, defendendo ainda que o próximo presidente precisará ser uma pessoa "paciente, detalhista, controlada, disciplinada e também determinada".

Haddad voltou a falar de uma possível aliança de centro-esquerda para o segundo turno e fala com otimismo de ter uma candidatura de centro-esquerda, seja sua ou de Ciro, no segundo turno.

"Dois anos atrás eu duvidava que pudéssemos ter um candidato de centro-esquerda no segundo turno. Agora vamos ter ali alguém disputando voto a voto", afirmou.

Haddad voltou a criticar Jair Bolsonaro (PSL) e disse que o país está em uma encruzilhada histórica, onde de um lado estão os direitos e do outro, ameaças de uma ditadura em suas "formas contemporâneas".

Ainda assim, disse o petista, o partido não pode desconsiderar os eleitores de Bolsonaro e precisa abrir brechas para um diálogo.

"Temos também que dialogar com o eleitorado do Bolsonaro. Não podemos dar de barato que esse eleitorado não é nosso. Pode estar faltando conversa, argumento, diálogo", defendeu.

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