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Preocupação com sínodo sobre Amazônia é pauta que trata de temas de segurança nacional, diz Heleno

12 fev 2019 - 19h03
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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, confirmou nesta terça-feira a preocupação do governo brasileiro com o sínodo sobre a Amazônia, que reunirá a integrantes da Igreja Católica em outubro, em Roma, para discutir a região.

Vista geral de sínodo no Vaticano 3/10/2018 REUTERS/Tony Gentile
Vista geral de sínodo no Vaticano 3/10/2018 REUTERS/Tony Gentile
Foto: Reuters

Incomodado, o general afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não vai monitorar bispos e padres e que as informações são "completamente infundadas".

"A preocupação com o sínodo é uma preocupação real porque o sínodo tem uma pauta que ele vai desenvolver e alguns assuntos dessa pauta são de interesse de segurança nacional", disse Heleno a jornalistas. "Mas em nenhum momento eu falei em espionar ninguém, nem a Abin tem essa missão, nem a Abin vai monitorar ninguém com essa conotação."

No último domingo, o jornal Estado de S. Paulo revelou que a Abin tinha produzido relatórios para o GSI sobre o Sínodo dos Bispos para a Amazônia e que os escritórios da Abin não Região Norte haviam sido mobilizados para acompanhar a reuniões preparatórios. O próprio general confirmou a preocupação e disse que o governo queria "neutralizar" o movimento.

Heleno afirmou agora que o sínodo quer tratar de "terras indígenas, de exploração das plantações e de distribuição de terras" e que esses são "assuntos do Brasil".

"O que eu acho que tem que ser uma preocupação nossa e não deixar que entidades estrangeiras queiram dar palpite em como deve ser tratada a Amazônia brasileira. Nós sabemos o que temos que fazer", afirmou. "A gente fica engolindo algumas coisas que não tem que engolir e esquece que é a nona economia do mundo, que é um país soberano independente e nessas horas a gente precisa deixar claro."

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