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Política

Votação secreta dificulta leis anticorrupção, diz Dallagnol

Coordenador da Lava Jato também afirmou que voto secreto pode favorecer a condução de Renan Calheiros à presidência do Senado

10 jan 2019 - 12h48
(atualizado às 13h29)
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O coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, Deltan Dallagnol, afirmou, na noite de quarta-feira, 9, que a votação secreta na eleição da Mesa Diretora no Senado favorece a condução de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência da Casa e dificulta o andamento de projetos de lei contra a corrupção.

O procurador Deltan Dallagnol é o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal
O procurador Deltan Dallagnol é o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal
Foto: Paulo Lopes / Futura Press

A votação secreta foi mantida por decisão desta quarta-feira, 9, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. A medida é vista como caminho para eleição de Renan no Senado, já que ele teria a capacidade de agregar mais votos sem a necessidade de exposição dos senadores. No corpo da Lava Jato, o alagoano é visto como barreira no Congresso para o avanço de pautas como as dez medidas contra a corrupção propostas pelo MPF em 2016.

"Decisão de Toffoli favorece Renan, o que dificulta a aprovação de leis contra a corrupção, pois a presidência do Senado decide pauta (o que e quando será votado). Diferentemente de juízes em tribunais, senadores são eleitos e têm dever de prestar contas. Sociedade tem direito de saber", escreveu Dallagnol em sua conta no Twitter.

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