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Política

Vitória de Trump causa 'momento de euforia' na direita brasileira, diz Hugo Motta

Candidato a presidir a Câmara a partir de 2025, deputado paraibano evitou comentar se o resultado eleitoral nos EUA poderia levar a uma pressão pela anistia de Jair Bolsonaro, aliado do republicano

6 nov 2024 - 20h02
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BRASÍLIA - O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara a partir do ano que vem, disse nesta quarta-feira, 6, que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos "causa um momento de euforia" nos movimentos de direita para as próximas eleições. Motta, no entanto, evitou comentar se o resultado eleitoral nos EUA poderia levar a uma pressão a favor da anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump.

Para o líder do Republicanos na Câmara, a vitória de Trump dá "um ânimo maior aos movimentos de direita no País".

"As pautas dos movimentos de direita no mundo são bastante conectadas. Quando há, de qualquer líder político em um país amigo ou vizinho, a concepção de que houve uma vitória do pensamento que elas defendem, causa um momento de euforia para o próximo período eleitoral do País. É natural", declarou o deputado.

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que pode presidir a Câmara a partir de 2025
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que pode presidir a Câmara a partir de 2025
Foto: Cleia Viana/Estadão / Estadão

Questionado se esse resultado poderia ter algum impacto concreto na comissão que avalia a anistia aos processados pelos atos de 8 de Janeiro, Motta se esquivou.

"A condução da comissão deve começar nos próximos dias. A comissão vai trabalhar com serenidade e fazer o trabalho que tem que ser feito para debater um tema importante como esse", afirmou.

O deputado avaliou, no entanto, que nada deve mudar na relação comercial do Brasil com os EUA, apesar das posições diferentes de Luiz Inácio Lula da Silva e de Donald Trump no espectro ideológico.

"Acredito que seja o momento em que o Brasil precisa se consolidar cada vez mais em suas relações internacionais. Não acredito que o país comprometa suas relações com os EUA por uma questão política ideológica. Sempre defendemos que o interesse do País está acima de qualquer interesse partidário. O Brasil saberá se posicionar através do Itamaraty", afirmou Motta.

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Estadão
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